Tema Livre

Redação
12:19
25/01/2022

Deputado vê conotação sexual em livro infantil e aciona Ministério Público; veja trecho

A denúncia foi feita pelo vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Rodrigo Delmasso (Republicanos)

Ele enviou representação ao MP do Distrito Federal após receber denúncias de pais sobre um livro que supostamente teria conotação sexual e seria utilizado na rede pública de Brasília.

O parlamentar solicitou que o livro Estórias de Jabuti, da editora Rovelle, seja retirado do material escolar da Secretaria de Educação do DF e que seja feita uma investigação sobre o caso.

Segundo ele, o livro é distribuído pelo Ministério da Educação.

A história gira em torno do plano do Jabuti de se vingar da Raposa, que roubou a sua flauta.

Além do livro expor este plano de revanche, a linguagem utilizada é completamente chula e inapropriada para crianças”, disse o deputado Rodrigo Damasso ao Portal Metrópoles // Foto: CLDF

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O livro foi escrito pela pedagoga, jornalista e ex-diretora do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, Marion Villas Boas.

Ele tem classificação de faixa etária a partir de 8 anos, mas traz supostas insinuações sexuais.

De acordo com a denúncia de Delmasso, o livro estaria sendo utilizado por estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental das instituições de ensino público.

 

Diz um trecho do livro:

O Jabuti…deixando o traseiro para cima, untou seu fiofó com bastante mel e ali ficou esperando a raposa. Logo que ela apareceu, o Jabuti começou a soltar peidos, e a cada peido voava uma abelha. A Raposa, que gostava muito de mel, vendo aquele líquido lustroso, meteu o dedo e provou. – É mel! – disse. Outra raposa, que estava com ela, falou: – Mel, nada; parece o fiofó do Jabuti. Mas a raposa não quis ouvir mais nada. Meteu a língua para chupar o mel.”

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A Seed/DF informou nessa segunda-feira (24) que, embora não tenha identificado a entrada do livro no Distrito Federal pelo Programa Nacional do Livro Didático, do MEC, vai recolher o material caso seja encontrado em escolas da capital federal.

A Secretaria de Educação realizou um levantamento e não identificou a entrada do livro na rede pública do DF pelo Programa Nacional do Livro Didático.

A Gerência das Políticas de Leitura, dos Livros e das Bibliotecas foi incumbida de recolher o título se constatar que eventualmente entrou numa escola pública por fontes não oficiais”, informou a pasta.


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Desde o lançamento do livro, em 2013, surgiram diversas denúncias de sua distribuição em escolas públicas.

No início de 2020, o perfil do Escola Sem Partido no Twitter acusou o MEC de adquirir cerca de 56,5 mil exemplares do livro, em 2014, para distribuir a bibliotecas de todo o país a um custo de aproximadamente R$ 220 mil.

O livro consta no guia do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), publicado em 2014, como uma das obras selecionadas para crianças nos anos iniciais do ensino fundamental.

Com informações do Metrópoles

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