Tema Livre

Edição: Hugo Julião
07:22
24/01/2021

Disputas entre três primos-irmãos desencadearam a 1ª Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um marco na história por ter sido o maior conflito bélico do mundo na época.

Mas o que pouca gente sabe é que não se tratou apenas de um confronto entre países — foi também uma disputa familiar.

As três principais nações que protagonizaram o conflito — Alemanha, Reino Unido e Rússia — não tinham em comum apenas o fato de serem as maiores potências do planeta no início do século 20.

O kaiser Guilherme 2º (à esquerda) e o czar Nicolau 2º (à direita) eram primos do rei britânico George 5º (ao centro) — todos faziam parte da família da rainha Vitória (Getty images)
----------

Essas nações também compartilhavam um laço que, até então, parecia garantir a harmonia entre elas:

Eram governadas por monarcas que faziam parte da mesma família: a da rainha Vitória do Reino Unido, que reinou por 63 anos, até 1901.


 

A rainha Vitória e o príncipe alemão Albert de Saxe-Coburgo-Gota tiveram nove filhos e 42 netos, muitos dos quais acabaram em casas reais europeias (Franz Xavier Winterhalter/Getty Images)
----------

E eles não eram parentes distantes: o kaiser alemão Guilherme 2º, o primeiro a declarar guerra, era o neto mais velho da rainha Vitória.

Seu oponente russo, o czar Nicolau 2º, era casado com Alexandra, outra neta de Vitória; a favorita da monarca britânica, na verdade.

O czar Nicolau 2º (à esquerda) e o rei George 5º eram muito parecidos porque suas mães eram irmãs (Getty Images)
----------

E tanto Guilherme quanto Nicolau eram primos-irmãos de George 5º, também neto da rainha Vitória.

George decidiu entrar na Primeira Guerra Mundial ao lado da Rússia e da França.


Mas eles não eram os únicos soberanos que pertenciam à família de Vitória, que teve nove filhos e 42 netos com o marido, o príncipe alemão Albert de Saxe-Coburgo-Gota.

Os descendentes do casal chegaram a ocupar os tronos de 10 nações europeias, razão pela qual a monarca recebeu o apelido de "avó da Europa".

Com informações da BBC News

Compartilhe