A prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, anunciou neste fim de semana que a estátua de Cristóvão Colombo será substituída pela de uma mulher indígena.
Mas em torno da medida circulam opiniões conflitantes.
“Parece-me justo que queiram colocar uma mulher indígena”, diz um jovem trabalhador que não quis revelar o seu nome.
Robert, turista norte-americano, pensa que a estátua de Colombo deveria ser destruída “porque com ele todos os males começaram no continente".
Já o pedreiro Israel García acredita que há coisas mais importantes para gastar, como a luta contra a Covid-19 ou a reativação da economia.
“Essas são apenas piadas do presidente”, diz o artesão.
A prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum
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A estátua esteve ao longo de todo o século XX e até três meses atrás localizada no Paseo de la Reforma.
É uma das avenidas mais importantes da Cidade do México, que foi planejada e construída pelo Imperador Maximiliano de Habsburgo, no século XIX.
Depois de uma guerra sangrenta entre liberais e conservadores, Maximiliano foi fuzilado, a República foi restabelecida e o Paseo Imperial foi rebatizado de Paseo de la Reforma.
Ao longo dessa avenida, foram colocadas estátuas dos liberais que lutaram contra o imperador austríaco, monarca convidado pelos conservadores para governar o México.
As grandes marchas e manifestações na capital mexicana sempre tiveram uma parada estratégica para desfigurar e atacar a estátua de Colombo, principalmente quando se trata de mobilizações indígenas e camponesas.
O gesto de erguer a estátua de uma mulher indígena na Glorieta de Colón é simbólico.
O governo de Andrés Manuel López Obrador declarou guerra aos conservadores mexicanos, muitas vezes rotulados de racistas.
Além disso, em agosto passado o México fez questão de lembrar os 500 anos da queda de Tenochtitlán, a capital do império asteca nas mãos dos conquistadores espanhóis.
Com informações da AFP
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