02/08/2021 17:35

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Nesse fim de semana, expirou a medida do governo norte-americano que protegia milhões de inquilinos inadimplentes do risco de despejo. 

Após prorrogarem o prazo da suspensão por conta da pandemia, a Casa Branca pediu ao Congresso que legislasse sobre o tema com urgência, mas os congressistas não chegaram a um acordo.

Mais de 3,5 milhões de pessoas estão ameaçadas de despejo poucos dias após o término da prorrogação da medida de proteção aos inadimplentes estabelecida pelo governo Biden.

Segundo dados do censo nacional, 7,5 milhões de pessoas admitem estarem em atraso no pagamento do aluguel. 

A dívida global relativa a atrasos nos pagamentos já chegaria a US$ 13 bilhões.

A perspectiva de milhões de pessoas nas ruas em meio à pandemia de Covid-19 desencadeou raiva e frustração no Partido Democrata. 

Um comitê parlamentar propôs estender a moratória até 31 de dezembro, mas não obteve apoio suficiente, nem mesmo nas fileiras democratas, partido do presidente.

Se nos olharmos no espelho, não podemos culpar o Partido Republicano quando os democratas no Congresso têm a maioria”, afirmou a representante democrata de Nova York Alexandria Ocasio-Cortez, da ala mais à  esquerda dos Democratas (Getty Images)

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Além da suspensão de despejo não ter apoio unânime na bancada democrata, o dinheiro alocado pelo governo federal para ajudar pessoas e famílias com dificuldade para pagar o aluguel chega a conta-gotas.

O montante do benefício é repassado aos estados e comunidades locais, que são responsáveis por redistribuir a ajuda às famílias. 

No entanto, esse procedimento requer o estabelecimento de sistemas complexos para receber os pedidos, verificar as condições e só então fornecer o auxílio.

Como resultado, dos US$ 46 bilhões planejados pelo governo para esse fim, incluindo os US$ 25 bilhões desembolsados no início de fevereiro, apenas US$ 3 bilhões chegaram ao seu destino até agora.

Com informações da AFP

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