10/09/2022 16:55

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A geleira Thwaites, na Antártida Ocidental, está colapsando.

Pode colocar a conta nas mudanças climáticas: o aumento das temperaturas permite que correntes oceânicas quentes fluam pela base do grande bloco de gelo, desestabilizando-o a ponto de se desprender da costa. 

O problema é que essa geleira é maior que o estado da Flórida, nos Estados Unidos, e seu derretimento seria suficiente para elevar o nível do mar em até três metros, destruindo comunidades costeiras.

Não a toa, ela é também chamada de “Geleira do Juízo Final”. 

A região está na mira de cientistas desde 1970.

Porém, um estudo recém-publicado na Nature Geoscience causou preocupação após mostrar que o gelo pode esvair-se mais rápido do que se pensava anteriormente. 

Na última década, satélites registraram que o gelo na região estava recuando a uma taxa aproximada de um quilômetro por ano.

Porém, eventos esporádicos podem fazer com que esse número aumente. 

Análises feitas por pesquisadores de  instituições dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suécia sugerem que, em algum momento nos últimos 200 anos, a base da geleira se deslocou do fundo do mar e recuou a uma taxa de 2,1 quilômetros por ano.

O episódio atípico durou cerca de seis meses. 

 

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As observações foram feitas com auxílio do Rán, um submarino capaz de aguentar condições extremas de temperatura e pressão.

A missão durou cerca de 20 horas e capturou dados de uma área do tamanho de Londres, na Inglaterra. 

Os cientistas temem que eventos adversos voltem a acontecer dentro dos próximos anos.

Um estudo realizado em 2021 sugere que a plataforma de gelo responsável por estabilizar a geleira e impedir que o bloco se solte para o oceano pode quebrar em cinco anos.

Cerca de 40% da população mundial, que habita as áreas costeiras ou zonas próximas do mar, poderia sofrer os impactos do degelo.

 

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