O parlamento da Hungria aprovou nesta terça-feira (15) uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade para menores.
Defensores de direitos humanos denunciam mais um ato de repressão aos direitos LGBTQ pelo governo populista do primeiro-ministro Viktor Orbán.
A lei foi aprovada com 157 votos a favor e um voto contra.
Segundo o governo, é a última de uma série de medidas contra a pedofilia que visam proteger as crianças.
Mais de cinco mil pessoas protestaram na segunda-feira (14) contra a nova lei homofóbica na Hungria (AFP)
----------
Os críticos dizem que a lei "restringe severamente" a liberdade de expressão e os direitos das crianças.
O texto, comparado pelos ativistas a uma legislação semelhante na Rússia, proíbe programas educacionais e a publicidade de grupos LGBT.
"A fim de garantir a proteção dos direitos das crianças, conteúdos pornográficos e que retratem a sexualidade para seus próprios fins ou que promovam o desvio da identidade de gênero, redesignação de gênero e homossexualidade não devem ser disponibilizados para pessoas menores de dezoito anos", prevê o texto legal.
Manifestante leva cartaz com o premiê húngaro, em um protesto em Budapeste, em 14 de junho de 2021 (AFP)
----------
As aulas de educação sexual “não devem ter como objetivo promover a segregação de gênero, a redesignação de gênero ou a homossexualidade”, acrescenta a legislação.
A publicidade de empresas como a Coca-Cola, que fez campanha usando um casal gay na Hungria em 2019, seria proibida, assim como os livros que citam a homossexualidade.
Com informações da AFP