No Brasil, os investimentos públicos por aluno na educação básica equivalem a um terço dos gastos dos países ricos nessa etapa.
Wilson Dias/Agência Brasil
Divulgado nessa terça-feira, 12, o relatório Education at a Glance 2023, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra ainda que o Brasil é o terceiro pior nesse ranking, de quase 50 países, ficando à frente apenas do México (US$ 2.702) e da África do Sul (US$ 3.085).
O relatório internacional, que tem como base dados do ano de 2020 e compara os principais indicadores na área da educação , indica que o Brasil, após a Covid-19, reduziu os gastos públicos com educação em 10,5%. No entanto, com outros serviços houve aumento de 8,9% nos investimentos.
Os membros da OCDE apresentaram crescimento parecido quando se trata de outras áreas (9,5%), mas também elevaram os recursos voltados para educação, em 2,1%.
Em se tratando de Brasil, o documento joga luz ainda sobre o grande número dos chamados jovens "nem-nem", que não estudam nem trabalham.
Ensino profissionalizante
O relatório destaca a pouca atenção dada por muitos países ao ensino profissionalizante.
No Brasil, o acesso à modalidade é o terceiro pior da OCDE:
"Programas escolares e práticos combinados permanecem raros em muitos países. Em média, apenas 45% de todos os estudantes de educação profissionalizante do ensino médio superior estão matriculados em tais programas em toda a OCDE", aponta o relatório, afirmando que o ensino profissionalizante ainda é visto como "opção alternativa para estudantes com dificuldades para estudar ou que têm pouca motivação". O documento ressalta entretanto, que esses programas podem levar a "trajetórias atrativas de carreira".
Em relação ao ensino superior, os gastos públicos do governo brasileiro se aproximam da média da OCDE, de US$ 14.839.
Com informações da Exame