Tema Livre

Da redação
09:35
26/08/2023

Mais tempo de tela atrasa o desenvolvimento de bebês

Um novo estudo conduzido por pesquisadores japoneses indica que o emprego de telas por mais de 4 horas diárias pode resultar em atrasos no desenvolvimento das capacidades de comunicação e resolução de problemas em crianças de 1 ano de idade.

Bebê com smartphone / Foto: Getty Images

A pesquisa, publicada nesta semana no The Journal of the American Medical Association Pediatrics, discute o uso excessivo de tecnologia na primeira infância.

A pesquisa indicou que crianças de 1 ano que tiveram maior exposição ao tempo de tela do que seus colegas apresentaram atrasos no desenvolvimento de habilidades motoras finas, pessoais e sociais.

A boa notícia é que esses atrasos costumam se dissipar aos 4 anos de idade.


Nada substitui o contato humano

A interação entre pais e filhos é crucial para dar aos bebês um rico conjunto de informações, explicou ao jornal NY Times David J. Lewkowicz, psicólogo do desenvolvimento do Yale Child Study Center.

Essas informações são importantes, explica David, para o desenvolvimento da criança.

O contato com os pais ajuda a criança a entender sobre como expressões faciais, palavras, tom de voz e o feedback físico transmitem linguagem e significado.

Isso não acontece quando você está olhando para a tela”, disse ele, acrescentando que não ficou surpreso com os resultados da pesquisa.


Entenda a pesquisa

Para alcançar os resultados, os pesquisadores administraram questionários sobre o desenvolvimento infantil e o tempo de exposição às tela.

Perguntas foram direcionadas a quase 8 mil pais crianças pequenas.

  • De maneira geral, a pesquisa revelou que os bebês expostos a níveis mais elevados de tempo de tela tendem a ser filhos de mães mais jovens.
  • Na maioria das vezes, são mães de primeira viagem, pertencentes a famílias com menor renda e nível educacional, e que também enfrentam a depressão pós-parto.
  • Cerca de 4%  foram expostos às telas por 4 horas ou mais por dia.
  • Enquanto 18% dos filhos dos entrevistados tiveram pelo menos 2 horas de exposição diária.


Com informações do Gizmodo

 

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