17/11/2023 10:28

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Três meses após o trágico assassinato de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, na Bahia, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos divulgaram um relatório alarmante nesta sexta-feira (17).

O estudo, intitulado "Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil", destaca um aumento preocupante na violência contra comunidades tradicionais.

Arte sobre a foto de Wallisson / Conaq

Violência crescente contra quilombolas revelada em novo estudo

 

  • Três meses após o trágico assassinato de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, na Bahia, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos divulgaram um relatório alarmante nesta sexta-feira (17).
  • O estudo, intitulado "Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil", destaca um aumento preocupante na violência contra comunidades tradicionais.

 

Duplicação da média anual de assassinatos

 

  • De acordo com o estudo, a média anual de assassinatos em comunidades quilombolas quase dobrou nos últimos cinco anos em comparação com o período de 2008 a 2017.
  • Apesar de não incluir a morte de Mãe Bernadete, o levantamento preliminar de 2023 já registra sete mortes.
  • Entre 2018 e 2022, foram contabilizados 32 assassinatos em 11 estados, com conflitos fundiários e violência de gênero como principais causas.

 

Racismo e desafios fundiários

 

  • Givânia Maria da Silva, socióloga e coordenadora do coletivo nacional de educação da Conaq, aponta que os números refletem uma estrutura racista na sociedade brasileira.
  • A pesquisa ressalta a importância da questão fundiária no Brasil, especialmente quando envolve proprietários negros.
  • Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos, destaca que o racismo estrutural e institucional são o pano de fundo da violência, e a morosidade na regularização fundiária agrava a situação.

 

Epicentro da violência

 

  • Os estados do Maranhão, Bahia, Pernambuco e Pará são identificados como os mais afetados pela violência contra quilombolas.
  • O assassinato de Mãe Bernadette e seu filho são exemplos marcantes dessa realidade.

 

Necessidade de ação governamental

 

  • As entidades pesquisadoras enfatizam a urgência de ações governamentais para combater a violência e assegurar direitos.
  • Eles recomendam planos concretos para a titulação dos territórios quilombolas e proteção adequada para os defensores de direitos humanos.

 

Legado e luta contínuos

 

  • Jurandir Pacífico, filho de Mãe Bernadete, planeja honrar o legado de sua mãe com a inauguração de um instituto em seu nome.
  • O objetivo é apoiar comunidades na documentação e titulação de terras quilombolas, perpetuando assim a luta de Mãe Bernadete.

 

Com informações da Agência Brasil

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