Tema Livre

Da redação
08:10
01/08/2022

Metade dos eleitores deixou de falar de política para evitar discussões, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha mostra que 49% do eleitorado brasileiro diz ter deixado de conversar sobre política com amigos e familiares nos últimos meses.

O motivo é evitar discussões diante do acirramento eleitoral.

Segundo o levantamento, realizado de 27 a 28 de julho, o índice é maior entre os eleitores que pretendem votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 54% contra 40% dos apoiadores do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL).

O Datafolha entrevistou 2.566 eleitores em 183 cidades.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01192/2022, custou R$ 473.780,00 e foi paga pelo Grupo Folha.

Eis as situações relatadas:

- deixaram de conversar com amigos ou familiares sobre política para evitar discussões – 49%;

- foram ameaçados verbalmente por causa de suas posições políticas – 15%;

- foram ameaçados fisicamente por causa de suas posições políticas – 7%.

Dos entrevistados, 54% disseram ter vivido, nos últimos meses, alguma situação de constrangimento, ameaça física ou verbal por causa de posições políticas.

A taxa é maior entre simpatizantes do PT (63%), eleitores de Lula (58%), mais instruídos (62%), eleitores que reprovam o governo Bolsonaro (62%), autodeclarados pretos (60%) e LGBTIs (65%).

 

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Rede Sociais

O Datafolha mostra que 53% dos entrevistados alteraram a forma de agir nas redes sociais para evitar atritos.


Entre os entrevistados com redes sociais (70% do total):

- 43% deixaram de comentar ou compartilhar alguma coisa sobre política em grupo de WhatsApp para evitar discussões com amigos ou familiares;

- 41% deixaram de publicar ou compartilhar alguma coisa sobre política nas suas redes sociais para evitar discussões com amigos ou familiares;

- 19% saíram de algum grupo de WhatsApp para evitar discussões políticas com amigos ou familiares.

A maioria (78%) dos entrevistados disse ter algum aplicativo de mensagens –mesma percentagem dos que tem o WhatsApp instalado.

Os entrevistados com Telegram somam 21%.

Apenas 8% afirmaram participar de grupos de apoio a Bolsonaro (4%) ou a Lula (4%).

Os entrevistados que seguem perfis de Lula ou Bolsonaro nas redes sociais são minoria:

- seguem Lula – 13%;

- seguem Bolsonaro – 13%;

- seguem Lula e Bolsonaro – 7%;

- não seguem nenhum – 37%;

- não tem conta em rede social – 30%.

 

Com informações do Poder360

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