Partido de esquerda critica time carioca por contratar técnico português e ser goleado pelo Fluminense: querem “convencer o brasileiro de sua inferioridade no futebol”
O PCO (Partido da Causa Operária) associou a derrota do Flamengo para o Fluminense no Campeonato Carioca, no domingo (09/04/2023), com “uma campanha imperialista contra o futebol nacional”, por meio da contratação de técnicos portugueses.
“Os europeus, que detêm o poder econômico, querem dominar o futebol brasileiro, o melhor do mundo, o futebol arte”, escreveu o partido no Twitter.
O Flamengo foi goleado por 4 a 1 e perdeu o título carioca para o Fluminense, mesmo tendo entrado em campo com uma vantagem de 2 gols conquistada no 1º jogo da decisão.
Neste ano, o time não venceu nenhuma das competições de disputou. Em uma sequência de posts, o partido citou conquistas do clube carioca sob o comando de Dorival Júnior.
Afirmou que o brasileiro foi demitido para a contratação do português Vítor Pereira, que assumiu a equipe em janeiro deste ano.
Na verdade, Dorival entrou no Flamengo no decorrer da temporada passada, depois do também português Paulo Sousa ser demitido.
Ele assumiu interinamente, enquanto a diretoria do clube buscava um novo treinador.
A sequência de portugueses no clube do Rio começou em 2019, com a contratação de Jorge Jesus.
Em pouco mais de 1 ano sob o comando de JJ, o Flamengo levou 5 taças e perdeu apenas 4 jogos.
O perfil do PCO na rede social também compartilhou um texto publicado em seu site no dia 15 de março, com o título “A história mostra: Vítor Pereira é coveiro, não um treinador”.
Nele, questiona se os técnicos portugueses estariam preparados para atuar em solo brasileiro, sendo que “nunca ganharam nada no futebol europeu” e “sua estrela maior é o fraquíssimo futebol de Cristiano Ronaldo”.
Sem nenhum representante eleito, o partido dedica-se a atuar com sindicatos e movimentos populares.
Em fevereiro, também apontou imperialismo por trás da crise com os yanomamis.
Também no Twitter, a sigla reproduziu comentários feitos pelo seu presidente, o jornalista Rui Costa Pimenta. Neles, disse que a situação com os indígenas abre “espaço para os europeus entrarem no Brasil” e criticou a forma como foi feita a demarcação de terras yanomamis.“Por que os europeus se importam só com o pessoal da Amazônia?”, questionou.