09/07/2023 09:40

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Psicóloga Ana Streit comenta como "divórcio do sono" pode interferir no relacionamento

Dormir separado seria mais saudável para as relações?

Coincidência ou não, os ex- casais Luciana Gimenez e Marcelo Carvalho; Wanessa Camargo e Marcus Buaiz e Donald Trump e Melanie dormiam em quartos separados.

Eles praticavam o “divórcio do sono”, um fenômeno que vem crescendo nos EUA, onde casais que moram juntos, dormem em quartos diferentes.

Não à toa, uma pesquisa do New York Times de 2023 com 2.200 adultos americanos, apontou que um 1 em cada cinco casais que moram juntos, um dorme em quarto separado.

Parece uma boa solução para uma noite de sono reparadora, mas como fica a relação?

A psicóloga Ana Streit explica que um sono de boa qualidade é fundamental para saúde física e mental de qualquer pessoa, mas é preciso cuidar da relação.

O essencial é avaliar o quanto dormir em camas se- paradas de fato beneficia a relação, ou, se está a serviço de uma evitação ou resigna-ção.

Ou seja: é preciso pensar se é uma solução, ou se está camuflando algum pro- blema não resolvido, que pode ser da relação, ou mesmo, algum problema de saúde”, diz a psicóloga.

Em outra pesquisa realizada este ano pela Sleep Foundation, com 1.250 adultos, 1,4% dos entrevistados dormiam separados dos parceiros por um ano ou mais, nos EUA.

Um pouco mais da metade (52,9%) disse que dormir sozinho melhorou a qualidade do sono.

Ana Streit explica que a qualidade do sono tem sido cada vez mais es- tudada, e justamente por isso é preciso avaliar a fundo com médicos especialistas a qualidade do sono, e resolver estes problemas (de sono).

Mas, ressalta que a atitude de dormir em quartos separados gera um distanciamento físico que pode acarretar (ou, já ser um sinal de) distanciamento emocional.

O relacionamento amoroso tem um caráter diferente de todos os outros relacionamentos que é a atração. Ao aceitar uma relação amorosa pobre em atração e conexão emocional, a pessoa deixa de viver uma relação amorosa na sua plenitude, e com isso, perde o que só a relação amorosa pode oferecer”, afirma a especialista.

 Ana provoca uma reflexão para os casais que estiverem pensando em dormir separado:

quais os momentos que o casal tem de intimidade e conexão?

Qual a profundidade da conexão emocional no casal?

“É preciso ficar atento para não estar “sozinho acompanhado”, ou seja, se contentar com uma relação fria emocionalmente e pobre em afeto.

Os relacionamentos são como uma plantinha:

precisa de cuidados, de atenção, de zelo, de tempo e interesse.

Se o casal não dorme junto, como fará para manter esses cuidados constantes? Para além das relações sexuais, quando cultivarão sua conexão emocional e seus momentos de intimidade?”, indaga a psicóloga.

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