Em julho, a pandemia era líder absoluta na lista das principais preocupações dos brasileiros.
Era citada por 41% como o principal problema do país, taxa muito acima dos 12% que mencionavam economia ou inflação.
Agora, com o avanço da vacinação, as citações à pandemia caíram para 28% enquanto as menções à economia ou inflação saltaram para 27%.
Os dados são da Quaest, consultoria que divulga hoje sua terceira rodada de pesquisa de intenção de voto por encomenda da corretora Genial Investimentos.
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No mesmo período, a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Bolsonaro cresceu tanto nas simulações de primeiro turno como na de segundo turno.
Um mês atrás, em teste de primeiro turno, o petista aparecia 15 pontos à frente de Bolsonaro num cenário enxuto de candidatados (44% a 29%).
Agora, a dianteira de Lula foi ampliada para 21 pontos (47% a 26%).
Nessa sondagem, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 9%; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), marca 6%.
Na simulação de segundo turno Lula versus Bolsonaro, a dianteira do petista cresceu quatro pontos em um mês.
O placar de 54% a 33% do início de agosto passou para 55% a 30% na pesquisa mais recente.
A Quaest ouviu 2.000 eleitores entre os dias 26 e 29 de agosto, o que resulta numa margem de erro de dois pontos.
A metodologia de coleta foi de entrevistas face a face feitas em domicílios.
O apresentador de TV José Luiz Datena (PSL) marca 7%, colocando-se à frente dos demais candidatos que não passam para o 2º turno
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A consultoria também testou cenários de primeiro turno com uma quantidade ampliada de candidatos. As taxas de Lula e Bolsonaro, porém, mudam pouco.
Num desses cenários amplos, o petista marca 44%, o atual presidente fica com 25%.
O apresentador de TV José Luiz Datena (PSL) marca 7%; Ciro, 6%; Doria, 3%; o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), 2%; e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), 1%.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não pontua.
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Em outro trecho da pesquisa, a Quaest apurou que caiu de 31% para 25% o contingente de eleitores que citam “nem Lula nem Bolsonaro” como preferência para 2022.
O exame das taxas de rejeição aponta para o mesmo sentido.
Bolsonaro lidera isolado esse ranking: 62% dizem que conhecem o presidente e não votariam nele.
Mas quatro nomes que poderiam, em tese, quebrar a polarização têm mais rejeição que Lula.
Enquanto 40% dizem que conhecem e não voltam no petista, Doria tem 57% de rejeição; Ciro, 53%; Datena, 46%; e Mandetta, 41%.
Pacheco, Tebet e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), têm taxas menores que as de Lula nesse quesito. Mas todos são desconhecidos por 60% do eleitorado ou mais.
Com informações do Valor Econômico