Retomado após dois anos suspenso em decorrência da pandemia, o Projeto Verão, que será realizado este ano pela Prefeitura de Aracaju e Governo de Sergipe nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro, na Orla da Atalaia, contará entre os seus atrativos com a presença de coletivos de microempreendedores em uma feira multicultural, na Arena Criativa.
A iniciativa visa fomentar a economia local ao assegurar visibilidade aos produtos fruto das habilidades coletivas e individuais dos expositores.
Coletivos de microempreendedores participarão de uma feira colaborativa
Com estrutura montada na área do estacionamento da Cinelândia, a Arena Criativa terá palco multicultural, disputa de games, oficinas, shows e as feiras criativas, nas quais serão comercializados produtos de artesãos locais, além de livros usados.
Para participar da feira colaborativa foram selecionados quatro coletivos:
Talismã, Kuña, Conexão Empreendedor e Sebo do Silva.
A ideia é dar visibilidade e aumentar as possibilidades de comércio dos microempreendedores da capital, ao aproveitar a alta circulação de pessoas, tanto de Aracaju como de outros municípios, por conta do Projeto Verão.
A ideia é fomentar a economia criativa na cidade a partir do Projeto Verão
Idealizadora do coletivo Talismã, que conta com cerca de 40 expositores, Lucy Rodrigues explica que o projeto nasceu com o objetivo de unir os artistas e terapeutas da alma com seu público, através da venda de produtos esotéricos e oferecimento de experiência holísticas por meio de diferentes tipos de arte, como música, gastronomia e dança.
“A Feira colaborativa Talismã é magia, encanto e acolhimento.
É uma feira cujos laços são regidos pelo afeto e pelo respeito, fortalecendo uma atmosfera de harmonia e colaboração entre seus integrantes”, afirma Lucy.
A iniciativa do poder público de abrir espaço para esse tipo de atividade afeta positivamente toda uma cadeia produtiva ligada à economia criativa, como ressalta a artesã e colaboradora da Talismã, Daniela Coelho.
“Toda vez que a gente vai fazer um evento precisa comprar material, e isso é feito no comércio local, movimentando a economia com essa venda de insumos.
Acho que não só fomenta o comércio local, como também serve de atrativo para o turismo, uma vez que durante o período do Projeto Verão muita gente tomará conhecimento do que vem sendo produzido em Aracaju.
A Talismã faz de suas participações em feiras um caminho para o autoconhecimento e a integração.
Esperamos que seja um sucesso e que essa parceria com o poder público seja uma possibilidade de valorização do estado e de tudo que é produzido aqui”, afirma Daniela.
Para além de impulsionar o comércio local, a realização de uma feira colaborativa em um evento da dimensão do Projeto Verão, que deve atrair milhares de pessoas, amplifica a visibilidade para quem está começando a empreender, permitindo que mais pessoas descubram iniciativas poderosas que se articulam nos coletivos, como é o caso da Kuña.
“A Kuña é um coletivo que está na ativa desde maio de 2022, um projeto relativamente recente, e a nossa proposta é criar um espaço que seja protagonizado por mulheres em suas múltiplas áreas de trabalho.
Então, priorizamos mulheres, mães que encontram na arte, no artesanato, uma fonte de renda.
A ideia é que todas essas narrativas dialoguem e criem força.
Poder estar no Projeto Verão é isso, fortalecer o coletivo e os projetos individuais dessas mulheres que estão no front, na batalha e muitas vezes estão invisibilizadas”, aponta a idealizadora do coletivo, Emmanuele Oliveira.
Um outro exemplo é o Conexão Empreendedor, criado por Laís Morais como forma de alavancar a renda após uma situação de desemprego e que em seis edições foi tomando musculatura a ponto de reunir mais de cem expositores dos mais variados produtos.
Ela compreende a iniciativa como uma chance para os empreendedores de ampliar seu alcance de público e consequentemente de vendas.
“A feirinha criativa é uma iniciativa muito boa para os microempreendedores, aqueles que vêm de baixo, porque flui, vende bem.
O poder público trouxe uma abertura para a gente, que é o que a gente precisa.
Cada edição que a gente promove conseguimos nos aperfeiçoar, trazer segmentos diferenciados.
É assim que a gente chega ao projeto Verão, que vai ser muito importante pela grande circulação de pessoas e pela tradição do evento”, afirma.
Para o sebista David Silva, por se tratar de um espaço multifacetado, com potencial para atrair públicos de nichos diferentes, a feira colaborativa proporciona ainda uma troca entre empreendedores locais que pode gerar frutos para muito além do próprio final de semana do Projeto Verão 2023.
“Reunir diversos nichos da economia criativa garante um público com interesses múltiplos, gera engajamento e quanto mais negócios inovadores, maior é o benefício para os interessados.
O evento nos proporcionará a oportunidade de firmarmos parcerias para atividades futuras e apoiar outras iniciativas é uma colaboração que não se encerra com a feirinha, ela nos proporciona o contato contínuo com outros coletivos e isso beneficia a todos diariamente”, garante.