Tradição centenária arrasta a população para a Rua São João

População tem lotado a região no embalo de muito forró com as atrações musicais

A centenária Rua São João despertou mais cedo em 2023 para embalar a população em mais um período junino.

Com diversas atrações musicais e muita dança com as juninas sergipanas, a alegria voltou aos rostos dos presentes e tem sido a rota principal de muita gente durante a noite das segundas-feiras, no mês de maio, com a ‘Segundona do Turista na Rua São João’.

Surgida em 1910, segundo estudiosos, a tradicional rua já foi palco de diversas manifestações de caráter religioso, coletivo e familiar, ou rituais como a troca de mastro, os sambas de coco, a missa campal, o casamento caipira, o enterro do boi, as quadrilhas juninas e as bandas de forró.

E por falar nelas, muitos cantores ficam lisonjeados em passar pelo mesmo espaço que Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca e muitos outros cantores nacionais e locais.

“Eu tenho uma satisfação enorme em me apresentar aqui, porque o projeto traz o turista e eles podem conhecer os 113 anos de tradição.

Aqui vem gente do interior e de outros bairros, fazendo da Rua São João o point de toda a segunda-feira.

Esse projeto veio em uma boa hora, trazendo uma animação adicional a toda a região”, salientou o propriaense, Jaílson do Acordeon.

O cantor, sanfoneiro e compositor Ararão do Nordeste também comentou do privilégio de estar no palco da Rua São João.

“É muito gratificante, mais uma vez, estar nesse maravilhoso São João, o estado está em festa.  

É um grande prazer estar aqui, tenho 45 anos de carreira e, no mínimo, já me apresentei por aqui umas 20 vezes. Então fico empolgado a cada oportunidade”, salientou.

Atrativo

Até hoje, motivo de orgulho entre seus moradores, a Rua São João tem atraído diversas pessoas pelas suas atrações, mas, principalmente, pela tradição e nostalgias que o local proporciona.

“Vir à rua é reviver o meu tempo de quadrilheiro. É ter lembranças da época que eu vinha dançar forró!

Aqui, agora, é só momento de trazer filhos e sobrinhos para preservar a cultura desse lindo e nostálgico lugar”, admitiu o aposentado Luiz Carlos de Jesus.