Em meio à tentativa petista de se classificar o impeachment de Dilma como um golpe de estado, Lula esqueceu de um detalhe: três de seus ministros votaram a favor da deposição da então presidente da República.

Simone Tebet (esq.) e Geraldo Alckmin (dir.) se posicionaram a favor da deposição de Dilma em 2016 

O caso emblemático é da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).

Aliada de Michel Temer, a então senadora afirmou que o impeachment representaria a “transposição de barreiras que impedem o desenvolvimento do país”.

“Há um muro muito grande a separar o povo brasileiro de seu futuro e é esse muro que venho a partir de hoje derrubar.

É o muro da crise econômica, social e institucional, da instabilidade e da insegurança jurídica”, disse Tebet no plenário do Senado.

Na Câmara, os ministros da Comunicação, Juscelino Filho (União), e André de Paula (PSD-PE), também votaram pela deposição da então presidente da República.

Além deles, outros quatro ministros se manifestaram na época a favor do impeachment:

Marina Silva (Meio Ambiente); Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio); José Múcio (Defesa) e Carlos Fávaro (Agricultura).