04/11/2021 07:44

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O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, sediado em Brasília, decidiu ontem (3) rejeitar um recurso que impedia a retomada das investigações sobre o atentado contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018.

O caso envolve a suposta participação de pessoas que seriam os mandantes ou teriam atuado em parceria com Adélio Bispo, autor da facada. 

Facada em Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018/Credito: AFP

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O colegiado rejeitou um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que contestava medidas de busca e apreensão determinadas pela Justiça Federal em 2019 contra advogados particulares que se apresentaram para defender Adélio. 

Ao comentar o resultado o julgamento, o advogado Frederick Wassef, representante de Bolsonaro, disse que a morte do presidente foi encomendada e a Polícia Federal (PF) poderá prosseguir com as investigações. 

Segundo Wassef, a partir de agora, imagens de câmeras que mostrariam o encontro de pessoas que contrataram os advogados particulares e celulares apreendidos poderão ser analisados. 

Todas as informações, todos os elementos colhidos até o momento pela Polícia Federal e outros mais que serão colhidos poderão ser usados na investigação.

Isso acarretará no desdobramento de novas investigações e até abertura de novos inquéritos policiais para chegar à autoria, aos mandantes, quem encomendou a morte de Jair Bolsonaro, quem pagou, quem está por detrás disso”, afirmou. 

Adélio Bispo/Foto: Divulgação

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Em junho de 2019, Adélio Bispo foi absolvido pela facada.

A decisão foi proferida após o processo criminal que o considerou inimputável por transtorno mental. 

Na decisão, o magistrado responsável pelo caso decidiu também que ele deveria ficar internado em um hospital psiquiátrico por tempo indeterminado.

No entanto, diante de sua periculosidade e da falta de vagas, Adélio permanece no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o atentado. 

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