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08/02/2024 09:10

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Representantes de 12 associações mobilização em defesa da Perse
Representantes de 12 associações mobilização em defesa da Perse
Representantes de 12 associações mobilização em defesa da Perse

Um estudo recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca as consequências potencialmente devastadoras do encerramento do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) para a economia brasileira.

O PERSE, crucial durante a pandemia para a sobrevivência de inúmeras empresas do setor, está em risco de ser finalizado, o que poderia resultar na perda de até R$ 244 bilhões por ano para a economia do país.

Representantes de 12 associações e entidades das áreas de eventos e turismo participaram, nessa quarta-feira (7/2), de um ato no Congresso Nacional em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Benefícios tributários e fiscais

O Perse trouxe alívio significativo para as empresas afetadas pela crise sanitária, oferecendo isenções fiscais importantes e a possibilidade de renegociar dívidas.

A interrupção desses benefícios poderia não apenas prejudicar a recuperação econômica do setor de eventos e turismo mas também afetar negativamente a arrecadação tributária, com a Receita Federal estimando perdas entre R$ 17 e R$ 32 bilhões entre 2021 e 2023 – até 13% do valor que pode deixar de circular não apenas no turismo, mas em todos os setores.

A pesquisa indica, ainda, que, para cada R$ 10 mil de faturamento a mais, o salário do trabalhador brasileiro pode aumentar R$ 18,8.

Crescimento e desenvolvimento impulsionados pelo turismo

Antes da pandemia, o setor de turismo apresentava crescimento anual próximo a 6%.

Com a implementação do Perse, essa taxa acelerou para 30%, evidenciando o potencial do turismo como motor de desenvolvimento econômico e social.

A CNC aponta que um aumento de 1% no valor adicionado pelo turismo pode resultar em um crescimento de 0,9% no PIB nacional.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o turismo é um dos impulsionadores do desenvolvimento brasileiro.

Tadros salienta que, dos dez estados com atividade turística mais intensa, seis estão no Nordeste (Sergipe, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia) e um no Norte (Amapá).

No entanto, esses estados têm menos de 3% de participação cada um no PIB nacional.

O turismo pode ser um divisor de águas na melhoria das condições de vida de uma região inteira, e a resposta certa, definitivamente, não é reduzir investimentos”, afirma o presidente da CNC.

Manifesto pela Continuidade 

Diante da ameaça de encerramento do programa, lideranças do setor de turismo e hospitalidade reuniram-se na CNC para assinar um manifesto que foi entregue na Câmara dos Deputados.

O objetivo é destacar a importância do Perse para a continuidade da recuperação e crescimento do setor, enfatizando seu papel fundamental na geração de empregos e no desenvolvimento regional, especialmente em estados com grande potencial turístico, como Sergipe.

O manifesto, o estudo e diversas outras informações estão no site portaldocomercio.org.br/perse.

A importância do Perse para Sergipe e o Brasil

O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac de Sergipe, Marcos Andrade, ressaltou o impacto negativo que o fim do PERSE teria sobre o turismo local e nacional.

A continuidade do programa é vista como essencial para a manutenção da competitividade do turismo brasileiro, especialmente em um momento em que Sergipe ganha destaque como destino turístico.

O estudo da CNC e o manifesto pelo Perse refletem a urgência de políticas que suportem o setor de eventos e turismo, fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

A continuidade do Perse é crucial para garantir que o setor continue a ser uma fonte de emprego, renda e orgulho nacional.

 

Com informações da Fecomércio

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