A aventura aérea durou 15 anos. Mas, finalmente, chegou ao fim. A Latam Argentina anunciou formalmente que deixa de operar no país.

Não haverá mais vôos internos com os aviões branco, azul e vermelho para os 12 destinos domésticos, nem para Santiago, San Pablo, Lima e Miami, os quatro destinos internacionais operados com aeronaves registradas no país.

A decisão foi uma das alternativas encontradas pela administração da empresa de origem chilena. 

Existiam várias opções, como baixar a operação de 12 para 4 aviões para manter alguns destinos e não desmontar a empresa.

Mas não houve sucesso, pelos motivos que seguem e que foi um custo muito alto para a companhia:

- os números vermelhos dos últimos ano;

- a regulamentação que sempre os discriminava contra a Aerolineas Argentinas;

-  a luta histórica com os sindicatos - que apenas recentemente diminuiu de intensidade com a formação de sindicatos de empresa;

- e, é claro, a interrupção da atividade devido à crise do coronavírus.

A empresa possui 1.715 funcionários que serão demitidos. A operação internacional continuará com as subsidiárias chilenas, peruanas e brasileiras. 

Tudo ocorreu nas últimas semanas. Na América Latina o setor se tornou uma questão nacional em vários países. Mas na Argentina, ele nunca tiveram um interlocutor válido dentro do governo.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a cooperação apareceu no chamado capítulo 11 da lei americana de falências. 

Mas fora desse guarda-chuva protetor do processo estavam as subsidiárias na Argentina, Paraguai e Brasil.

Já no Brasil, os planos são outros. Em meio à crise causada pela pandemia, as concorrentes Azul e Latam fecharam uma parceria para compartilhamento de voos (‘codeshare’, no jargão do setor) no mercado doméstico. 

Segundo as empresas, o acordo valerá inicialmente para 50 rotas em que apenas uma delas atua. As passagens dos voos compartilhados devem começar a ser vendidas em agosto.

Há possibilidade de o acordo de codeshare ser ampliado para rotas em que hoje as empresas competem entrem si, segundo a assessoria de imprensa da Azul. 

A Latam, porém, limitou-se a dizer que o foco da parceria é “melhorar a conectividade dos itinerários com voos complementários operados por cada uma das empresas”. 

Se avançarem em um acordo que atinja também rotas sobrepostas, as companhias ganharão sinergia. 

Quando uma parceria é fechada nesses moldes, uma das empresas deixa de fazer determinada rota, mas as duas vendem as passagens e dividem a receita. 

A companhia que para de atender o destino economiza, por exemplo, ao não precisar mais de funcionários no aeroporto. 

Com informações do La Nación para o noticiario internacional