Variedades

Diego da Costa
15:15
17/01/2023

Administração – a ciência que transforma.

O curso de administração ainda é muito procurado, além de ser um dos cursos mais amplos das Ciências Sociais Aplicadas.

O curso tem foco nas teorias e práticas com os métodos de planejamento, organização e controle de diversas estruturas, como também características de liderança, comando, autonomia e inteligência emocional, que são fundamentais para o gestor moderno.

A definição, teoria, prática e as ferramentas trazem o total dinamismo que a administração apresenta e que a sociedade precisa.

Planejamento, Organização, Comando (Liderança), Coordenação e Controle.

Popularmente conhecido como POC3, traz uma visão global da administração e da gestão. Gestão é a ciência da administração em ação.

É necessário ter uma visão ampla, holística, da organização e das pessoas.


Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Checar) e Act (Agir).

Conhecido como PDCA, também, apresenta uma visão da gestão com foco em projetos. Nomes, termos, identidades são usados na administração. Você, gestor, deve ficar atento com todo este aminho que a ciência apresenta.

Pensar global e agir local.

O importante é entender a ciência, respeitar e trabalhar as ferramentas de gestão a cada dia.

Falando em pensar e agir, existem, basicamente, duas visões distintas sobre como as organizações se relacionam com as ações estratégicas:

a visão estruturalista e a reconstrutivista da estratégia.

A visão estruturalista da estratégia tem suas raízes na economia das organizações industriais. A estrutura do mercado, resultante das condições de oferta e demanda, molda a conduta dos vendedores e compradores, a qual, por sua vez, determina o desempenho final. Mudanças em todo o sistema são induzidas por fatores externos à estrutura do mercado, como transformações fundamentais nas condições econômicas básicas e nos grandes avanços tecnológicos.

A visão reconstrutivista da estratégia, por outro lado, baseia-se na teoria do crescimento endógeno, que remonta à observação inicial de Joseph A. Schumpeter de que as forças que mudam a estrutura econômica e o panorama setorial podem originar-se no interior do sistema.

A inovação schumpeteriana ainda é uma caixa-preta, por ser fruto da engenhosidade dos empreendedores e não estar sujeita à reprodução sistemática.

Essas duas visões – estruturalista e reconstrutivista – têm importantes implicações quanto à maneira como as organizações atuam em relação à estratégia.

A visão estruturalista (ou determinismo ambiental), geralmente, conduz ao pensamento estratégico baseado na concorrência.

Encarando a estrutura do mercado como dado, ela leva as organizações a tentar conquistar uma posição defensível contra a concorrência, no espaço de mercado existente.

Aos olhos reconstrutivistas, contudo, o desafio estratégico é muito diferente.

Reconhecendo que a estrutura e as fronteiras do mercado existem apenas na mente dos administradores, e executivos, os praticantes que adotam essa visão não permitem que esses fatores limitem seus pensamentos.

Para eles, a demanda adicional já existe, em estado latente, em grande parte inexplorada.

Com base na visão reconstrutivista, não há setor atraente ou não atraente em si, pois o grau da atratividade setorial pode ser alterado por meio do esforço de reconstrução consciente por parte das organizações. À medida que muda a estrutura do mercado no processo de reconstrução, também se alteram as regras do jogo quanto às melhores práticas e formulação estratégica.

Assim, estratégia do oceano azul, fundamentada na visão reconstrutivista da estratégia, caracteriza-se por espaços e oportunidades de mercados inexplorados, pela criação de demanda e pelo crescimento altamente diferenciado, tanto qualitativo como quantitativo.

Nos oceanos azuis, a competição é irrelevante, pois as regras do jogo ainda não estão definidas. Grande parte dos oceanos azuis ainda não foi mapeada. É o espaço de mercado desconhecido.

Nos oceanos vermelhos da visão estruturalista da estratégia, as fronteiras setoriais são definidas e aceitas, e as regras competitivas do jogo são conhecidas, onde se busca maior fatia da demanda existente.

Assim, o foco predominante do pensamento estratégico das organizações ainda converge para as estratégias do oceano vermelho (visão estruturalista da estratégia).

Parte da explicação é que as raízes da estratégia das organizações sofrem forte influência da estratégia militar.

Onde a estratégia significa enfrentar um adversário e combatê-lo para a conquista de um determinado território limitado e constante. Portanto, concentrar-se nos oceanos vermelhos é aceitar os principais fatores restritivos da guerra – território limitado e necessidade de derrotar o inimigo para realizar os objetivos – e negar a força diferenciadora do atual ambiente predominante nas organizações: a capacidade de criar novos espaços de oportunidades de mercados inexplorados.

Várias são as forças indutoras do imperativo crescente de criar oceanos azuis.

A aceleração dos avanços tecnológicos gerou aumentos substanciais na produtividade das organizações e criou condições para o fornecimento de um nível sem precedentes de produtos e serviços.

Tudo isso sugere que o ambiente tradicional das organizações, no qual grande parte das abordagens sobre estratégia e gestão se desenvolveu no século XX, está desaparecendo em ritmo cada vez mais acelerado, com o surgimento de novos movimentos estratégicos, tal como o oceano azul, com sustentação de alto desempenho e de decisões administrativas que resultam em importantes produtos e serviços e a criação de uma nova curva de valor para seus stakeholders.

O que tem diferenciado as organizações vencedoras e perdedoras é a maneira de encarar a estratégia.

As organizações perdedoras adotam uma abordagem convencional de estratégia, empenhando-se para construção de posições defensáveis.

Por outro lado, as organizações criadoras de oceanos azuis não recorrem aos concorrentes como paradigmas.

Em vez disso, adotam uma lógica estratégica diferente, que denominamos inovação de valor.

A inovação de valor atribui a mesma ênfase ao valor e à inovação. Valor sem inovação tende a concentrar-se na criação de valor em escala incremental, algo que aumenta valor, mas não é suficiente para sobressair-se no mercado.

Inovação sem valor tende a ser movida a tecnologia, promovendo pioneirismos ou futurismos que talvez se situem além do que os stakeholders estejam dispostos a aceitar e a remunerar.

A inovação de valor é uma nova maneira de raciocinar sobre a execução da estratégia, que resulta na criação de um novo espaço de mercado e no rompimento com a visão meramente competitiva.

Bom, para terminar, a ciência da administração, suas estratégias e ações, sempre irão moldar e mudar o mundo e o modo como pensamos e agimos.
 

Diego da Costa é Administrador, CRA-SE 203501, especialista em Marketing, MBA em Gerenciamento de Projetos, Líder Coach Psicopositivo, Coach ISOR, associado fundador do Rotary Club de Aracaju Nova Geração, fundador do Conselho de Jovens Empreendedores de Sergipe, Coach, Consultor e Mentor. Apaixonado por aprender e empreender.
E-mail: diegodacosta@hotmail.com

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