Teve início nesta quarta-feira (15) a edição de 2022 do Cannabis Thinking, evento sobre Cannabis que tem a presença de especialistas nacionais e internacionais para discutir diversos temas ligados à área, sob os pilares da promoção à saúde, justiça climática e reparação histórica.
O evento, que ocorre em São Paulo e vai até o próximo sábado (17), vai discutir a utilização medicinal da planta, a regulamentação no Brasil, oportunidades de mercado e soluções empresariais.
Entre os convidados do Cannabis Thinking está a médica Mirene Morais, que atua em Aracaju e é certificada internacionalmente em medicina canábica.
A médica Mirene Morais,
A médica Mirene Morais,
“Esse é um evento de importância inestimável para o setor no Brasil, especialmente para a Cannabis medicinal.
A difusão e discussão sobre o tema são essenciais para que nós consigamos avançar e, assim, contribuir para a saúde e qualidade de vida de milhões de pessoas no País.
São nomes importantes debatendo e ressaltando o uso médico da Cannabis, como o ministro do Superior Tribunal de Justiça Rogério Schietti, e o representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária João Paulo Perfeito”, afirmou ela, pós-graduada em dor pelo Hospital Sírio-Libanês.
Mirene chamou a atenção para o fato de o evento, que terá 14 painéis de debates, enxergar a Cannabis medicinal como um tema complexo, com múltiplas camadas.
Reflexo disso, segundo ela, é a presença da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), uma das principais associações de pacientes do Brasil, que facilita o acesso a medicamentos à base da planta.
“Além disso, também participa do Cannabis Thinking a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
Ou seja, são vários atores ligados de alguma maneira ao uso médico da Cannabis que atuam em segmentos distintos de muita relevância para o assunto”.
Ainda, para a médica, os pilares estabelecidos para o evento deste ano são essenciais quando se trata de Cannabis.
A médica destacou o pilar de reparação histórica, lembrando que o uso médico da planta foi proibido no mundo, em grande medida, com base em ideias racistas, e que é dever da sociedade revisitar esse período da história para compreender os alicerces da criminalização da Cannabis e seu impacto na utilização médica.
“E mais: não podemos debater Cannabis sem tratar da emergência climática que nos assola.
É imprescindível que o cultivo e os processos industriais se dêem de forma sustentável, a fim de preservar nosso planeta”, enfatizou ela, acrescentando que a promoção à saúde caminha lado a lado com o tema.
“Sinto-me profundamente honrada em poder prestigiar o Cannabis Thinking.
É um momento de muito aprendizado e de troca de experiências e vivências sobre Cannabis medicinal.
É indescritível poder ouvir e interagir com nomes de peso do setor brasileiro e internacional”, confidenciou Mirene Morais.