Saiba os motivos que levaram países a serem rebatizados — por exemplo a Suazilândia, que alterou recentemente seu nome para Essuatíni para celebrar sua independência.
Reino de Essuatíni (Fotos: iStock)
Reino de Essuatíni (Fotos: iStock)
Em abril de 2018, o último monarca absolutista da África celebrou o 50º aniversário de independência da Grã-Bretanha com uma mudança de nome: em vez de Suazilândia, a nação da região do sul da África passou a ser denominada Reino de Essuatíni.
Bandeira de Essuatíni
Bandeira de Essuatíni
“Os países africanos, ao obter a independência, retomaram os nomes antigos que possuíam antes de serem colonizados”, disse o rei Mswati III a uma multidão que se reunia para as celebrações do dia da independência daquele ano.
“A partir de agora, o país será oficialmente conhecido como Reino de Essuatíni.”
O rei também reclamava há muito tempo que pessoas de outros continentes além da África confundiam seu país com a Suíça.
E há semelhanças: Essuatíni, “a terra dos suazis”, também não possui litoral e é um tanto montanhoso.
Mas é muito menor do que a Suíça e está localizado na fronteira leste da África do Sul, ao sul do Parque Nacional Kruger.
E, ao contrário da democracia suíça, o rei Mswati herdou o trono em 1986 de seu pai, Sobhuza II, que reinou por 82 anos.
A capital da Macedônia é Skopje
A capital da Macedônia é Skopje
O primeiro-ministro do país havia promovido a mudança como um passo fundamental para melhorar as relações com a Grécia e finalmente fazer parte da União Europeia e da OTAN.
A decisão ocorreu após décadas de disputa com o governo grego em Atenas sobre o uso do nome Macedônia.
Bandeira da Macedônia
Bandeira da Macedônia
Por questões de marketing, e não de identidade, a República Tcheca agora quer ser conhecida como Chéquia.
Autoridades disseram que ter um nome com apenas uma palavra tornaria mais fácil a promoção de sua identidade no cenário nacional. Afinal, a França é oficialmente “República Francesa”, argumentaram.
Vista panorâmica da cidade de Praga, uma das capitais mais bonitas da Europa, com a ponte Carlos ao fundo
Vista panorâmica da cidade de Praga, uma das capitais mais bonitas da Europa, com a ponte Carlos ao fundo
A própria República Tcheca é relativamente nova: o país originou-se em conjunto com a República Eslovaca por meio da divisão da Tchecoslováquia em 1993.
O uso do nome Chéquia foi oficializado em 2016.
Bandeira da Chéquia
Bandeira da Chéquia
Talvez o caso mais complexo de mudanças de nomes de países envolva um país da Europa Central que não existe mais.
A Iugoslávia foi construída a partir dos destroços da Primeira Guerra Mundial e foi oficialmente chamada de Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.
Em 1929, foi renomeado como Reino da Iugoslávia.
Pristina, capital de Kosovo
Pristina, capital de Kosovo
Após a Segunda Guerra Mundial, um governo comunista assumiu o controle e o renomeou como República Popular Federativa da Iugoslávia.
Em 1963, o país foi novamente renomeado como República Socialista Federativa da Iugoslávia.
Bandeira da Iugoslávia
Bandeira da Iugoslávia
Após o colapso da União Soviética e uma série de conflitos internos brutais, a Iugoslávia se desfez em 1992.
Após várias mudanças de fronteira e mais conflitos, o território da antiga Iugoslávia é hoje composto pelos modernos Estados da Sérvia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Eslovênia, Macedônia e Montenegro.
A Província Autônoma de Kosovo e Metóquia, na Sérvia, declarou unilateralmente sua independência em 2008.
Pormenor de Kinshasa, capital da RDC (Foto: D.R.)
Pormenor de Kinshasa, capital da RDC (Foto: D.R.)
A República Democrática do Congo também passou por muitas mudanças de nome.
De 1885 a 1908, o país africano foi chamado (sem ironia) de Estado Livre do Congo, embora brutalmente governado como uma propriedade pessoal do rei Leopoldo II da Bélgica
Mais tarde, tornou-se o Congo Belga, depois Congo-Leopoldville e, finalmente, após sua independência em 1960, República do Congo.
Poucos anos depois, o nome do país foi alterado para República Democrática do Congo.
Em 1971, o ditador Mobutu Sese Seko renomeou o país como República do Zaire, talvez pelo fato de que Zaire pudesse representar um nome alternativo para o rio Congo.
Após a queda de Mobutu, o nome foi alterado novamente para “República Democrática do Congo”, em 1997.
Bandeira da República Democrática do Congo
Bandeira da República Democrática do Congo
- Reino do Camboja → República Khmer → Kampuchea → Camboja (1991);
- Somalilândia Francesa → Território Francês dos Afares e Issas → Djibouti (1977);
- Ilhas Gilbert → Kiribati (1979);
- Timor Português → Timor Leste → Timor-Leste (2002);
- Sudoeste Africano Alemão → Sudoeste Africano → Namíbia (1990);
- Alto Volta → Burkina Faso (1984).
Fonte: National Geographic
Fonte: National Geographic