06/06/2024 16:57

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Barca dos Corações Partidos volta a Aracaju com nova temporada do premiado musical Jacksons do Pandeiro no Teatro Tobias Barreto em 2024.

Homenagem a Jackson do Pandeiro

Homenagem ‘sincopada’ ao saudoso cantor e compositor Jackson do Pandeiro tem direção de Duda Maia, texto de Braulio Tavares e Duda Rios e direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos e tem Patrocínio do Programa Petrobrás Cultural

Reconhecida por criar a mistura perfeita entre teatro e música em seus trabalhos, a Barca dos Corações Partidos retorna a Aracaju para uma nova temporada do musical Jacksons do Pandeiro, que venceu o prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro) e foi indicado como melhor espetáculo virtual pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). 

Datas

O espetáculo fica em cartaz no Teatro Tobias Barreto dias 05, 06 e 07 de  junho, sendo na sexta e no sábado, às 20h e no domingo às 19h.

Ingressos 

Os ingressos estão disponíveis no site guichêweb na bilheteria do teatro das 13h às 20h.

Patrocínio

Os preços são populares graças ao patrocínio da Petrobrás. A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como ‘Elza’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Sísifo’, ‘Macunaíma’ e ‘A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa’.*

Direção

O espetáculo tem direção de Duda Maia, texto de Braulio Tavares e Duda Rios e direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos.

O espetáculo

O grupo escolheu homenagear o cantor, compositor e multi-instrumentista paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), que recebeu a alcunha de ‘Rei do Ritmo’ por suas mais de 400 canções recheadas de gêneros brasileiríssimos, como samba, forró, coco, baião e frevo.

O espetáculo não é uma biografia, mas aborda episódios e músicas de Jackson que se relacionam com a vida dos atores em cena.

“Optamos por distribuir a ação em brincantes que contam pedaços de suas histórias pessoais, as quais em muitos pontos coincidem com a história de Jackson. Falando de Jackson, falamos desses nordestinos anônimos. Falando deles, falamos do cantor e compositor que levou a vida deles para as rádios e as TVs, em forma de cocos e baiões”, analisa o autor paraibano Braulio Tavares, que assim como seu colega de trabalho pernambucano Duda Rios, tem profunda relação com a cultura nordestina e sua poesia popular.

Ainda sobre a dramaturgia, Tavares explica: “Às vezes, o texto do espetáculo aparece em forma de música, às vezes como uma poesia ou um poema musicado. Cada vez que ele aparece, ele propõe uma nova brincadeira rítmica - mesmo não tendo uma métrica de poesia - por meio de um jogo de palavras ou outro mecanismo. A nossa ideia é fazer isso para dialogar com as músicas do Jackson, que tinham poesia, brincadeira e alegria”.

O universo rítmico do homenageado norteou toda a concepção do musical.

A diretora Duda Maia aprofundou sua pesquisa sobre a ideia de ‘corpo-rítmico’ dos atores, ao abordar um compositor cuja obra é marcada pelo suingue, ginga e síncope, aquele tempo musical presente no samba e em outros gêneros, quando o ritmo sai do tempo esperado.

Integrantes

Os integrantes da Barca (Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, e Ricca Barros) dividem a cena com artistas convidados: Jef Lyrio, Everton Coroné, Lucas dos Prazeres Luiza Loroza e Renato Luciano.

Juntos, passaram meses envolvidos em oficinas, pesquisas e em um longo processo de ensaios, quando o texto foi desenvolvido a partir de exercícios e histórias pessoais.

Trilha sonora

Já a construção da trilha sonora da montagem partiu de uma minuciosa investigação sobre o vasto repertório de Jackson do Pandeiro.

O musical reúne sucessos como ‘Sebastiana’, ‘O Canto da Ema’, ‘Chiclete com Banana’, ‘Cantiga do Sapo’ e outras composições menos conhecidas, que revelam mais da alma brasileira e sincopada do artista. 

Além dessas canções, o musical traz músicas novas, que transformam a obra do homenageado, ao dar novos arranjos, acrescentar letras e introduzir canções criadas no processo.

É um ‘pedir licença’ à obra dele, mas sem deixar de homenageá-lo com todo respeito, carinho e admiração”, conta Duda Rios. 

Assim como nas montagens anteriores da Barca, em Jacksons do Pandeiro todos os instrumentos são tocados pelos atores em cena.

Trazemos a forma sincopada do canto para o jogo de cena o tempo todo. Em nosso título, Jacksons aparece no plural porque são várias histórias que se cruzam e se confundem com a de Jackson”, conta Duda Maia.
A diretora revela ainda que dividiu o palco em dois espaços cenográficos, nos quais os atores brincam com seus diferentes níveis e alturas.

Como Jackson era fã de filmes de faroeste, ela concebeu a encenação de algumas canções como pequenos curtas-metragens ou clipes animados, apresentados em um local que remete a uma tela de cinema.

Sobre Jackson do Pandeiro

Natural de Alagoa Grande (PB), José Gomes Filho (1919-1982) iniciou a sua trajetória artística ao acompanhar a mãe em rodas de coco, nos arredores de um engenho.

Alfabetizado aos 35 anos, ele migra para o Rio de Janeiro e estreia em disco (1953) com um compacto que trazia dois sucessos que marcariam a sua carreira: ‘Sebastiana’ e ‘Forró em Limoeiro’.

Nos anos que seguiram, participou de filmes, festivais e apresentou composições – a maioria com um toque característico de humor – que entrariam para a história da música popular brasileira.

Deixou como legado mais de 140 discos recheados dos mais diversos gêneros, como samba, forró, baião, entre outros.
Cia Barca dos Corações Partidos

Barca dos Corações Partidos

A Barca dos Corações Partidos – nasceu em 2012, no espetáculo Gonzagão – A lenda.

Ao longo desses anos, levou mais de 700 mil espectadores a teatros de todo o Brasil, praças públicas e ao palco digital.

Ao lado da produtora artística e idealizadora Andréa Alves, atualmente com um repertório de sete espetáculos, selando cada vez mais uma digital de originalidade na dramaturgia do texto e nas músicas.

Em 2014, o espetáculo Gonzagão – A lenda foi convidado especial da abertura do Festival Ibero-americano de Teatro de Bogotá́ (Colômbia).

Composta por cinco atores-bailarinos e multi-instrumentistas, a formação híbrida de seus integrantes dá o tom do grupo.

Seus espetáculos são prestigiados por críticos como Mauro Ferreira e Zuza Homem de Mello e já contaram com a participação de criadores como João Falcão, Duda Maia, Luiz Carlos Vasconcellos, Bia Lessa, Chico César e Bráulio Tavares.

Ficha Técnica:

Direção: Duda Maia
Texto: Braulio Tavares e Duda Rios
Direção musical e arranjos: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos
Idealização e direção de produção: Andréa Alves com a Cia. Barca dos Corações Partidos Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Duda Rios e Ricca Barros e os artistas convidados Jef Lyrio, Everton Coroné, Lucas dos Prazeres e Luiza Loroza

Figurinos: Kika Lopes e Rocio Moure
Cenário: André Cortez
Iluminação: Renato Machado
Design de som: Gabriel D’Angelo
Visagismo: Uirandê Holanda
Assistência de direção: Carol Futuro
Assistente de figurino: Masta Ariane
Assistente de cenografia e produção de arte: Tuca Mariana
Cenotécnico: André Salles
Costureiras: Carmelita, Deyside Rios e Fátima Félix
Coordenação de produção: Rafael Lydio.                          

Produção Local: Mercinha Barreto. 

Assessoria de Imprensa: Pedro Carregosa

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