Cultura & Variedades

Edição: Hugo Julião
10:05
27/07/2021

São Paulo: Museu da Língua Portuguesa reabre com a exposição “Língua Solta”

Fechado desde o incêndio de 2015, o Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado no dia 31 deste mês com a exposição “Língua Solta”.

A mostra revela a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano por meio de um conjunto de artefatos que ancoram seus significados no uso das palavras.

Ao todo, 180 peças compõem a exposição, em cartaz no primeiro andar do museu até 3 de outubro de 2021.

O Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

A reconstrução do museu, que custou R$ 85,8 milhões, tem como patrocinador máster a EDP, como patrocinadores Globo, Itaú Unibanco e Sabesp e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela gestão do Museu.

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Instalado na histórica Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa foi reconstruído após incêndio que o atingiu em dezembro de 2015.

Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma no mundo, ele promove um mergulho na história e na diversidade do idioma através de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos.    

Em sua renovada exposição de longa duração, que ocupa o segundo e terceiro andares do edifício, o Museu vai apresentar experiências inéditas.

Exemplos são “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do Brasil, e “Nós da Língua Portuguesa”, que aborda a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Serão mantidas as principais experiências que marcaram os quase 10 anos de funcionamento do Museu (2006 a 2015) – como a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo de som e luz.

 

Logo no início, uma das pontas de entrada na sala exibe "Eu Preciso de Palavras Escritas", manto bordado por Arthur Bispo do Rosário e, na outra, quatro estandartes de maracatu rural, trazidos de Pernambuco para a mostra.

Atrás dos estandartes, uma parede exibe a projeção de memes do coletivo Saquinho de Lixo e, na parede oposta, o mural  Zé Carioca e amigos (Como Almoçar de Graça), de Rivane Neuenschwander, convida o público a escrever e desenhar em giz o que lhe passar pela cabeça naquele momento, numa parede transformada em base para histórias em quadrinhos.

A ideia é pensar a palavra - brasileira, angolana, portuguesa - a partir de uma não hierarquização”, diz a curadora Fabiana Moraes.

“Isto é: solta, espalhada na vida cotidiana.”

Com informações da Cultura e Economia Criativa

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