Economia & Negócios

Edição: Hugo Julião
09:20
11/03/2022

Rússia dá ultimato e ameaça tomar controle de multinacionais que abandonaram o país

O governo da Rússia ameça tomar o controle e nacionalizar multinacionais que estão deixando o país em resposta às sanções internacionais por causa da invasão da Ucrânia.

Na primeira resposta à fuga de multinacionais, como Coca-Cola, McDonald’s e Starbucks, o Ministério da Economia delineou novas políticas para assumir o controle temporário de companhias que tenham mais de 25% de participação estrangeira.

Os proprietários teriam cinco dias para retomar a atividade ou recorrer a outras opções, como vender sua participação.

Vladimir Putin, presidente da Rússia // Foto: Alexey Nikolsky/Kremlin

Segundo as propostas, um tribunal de Moscou analisaria pedidos de membros do conselho e outros para trazer “gerentes externos”.

O tribunal poderia então congelar ações de empresas estrangeiras como parte de um esforço para preservar propriedades e funcionários.

Os novos proprietários teriam que preservar dois terços dos empregos e manter as empresas funcionando na Rússia por um ano.

As medida, no entanto, ainda não foram aprovadas.


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O Ministério da Economia sugeriu que suas medidas seriam mais voltadas para o leilão de ativos do que para a nacionalização.

“O projeto visa a incentivar as organizações sob controle estrangeiro a não abandonar suas atividades no território da Federação Russa”, afirmou.


Qualquer movimento para assumir empresas estrangeiras corre o risco de um impasse ainda maior.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse na quarta-feira que “seriam tomadas medidas” se a Rússia confiscasse ativos privados em empresas que planejam recuar e sair do país.

Medidas de ‘olho por olho’ que podem incluir o possível confisco de ativos russos no exterior teriam “consequências mutuamente negativas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres em Moscou.

Peskov acrescentou que a Rússia deve continuar sendo um destino atraente para investidores de países que não estão travando uma “guerra econômica” contra ela.

Nesta semana, a Bloomberg News anunciou que a China já está conversando com suas empresas estatais sobre quaisquer oportunidades de potenciais investimentos em empresas ou ativos russos.

Com informações do W.Post/Estadão/AP

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