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Edição: Hugo Julião
18:31
14/07/2021

Diretora da Precisa diz que deputado Luiz Miranda mentiu à CPI da Covid

Nesta quarta-feira (14), a diretora executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou à CPI da Covid no Senado nesta 4ª feira (14.jul.2021) que a 1ª invoice para a venda da vacina indiana Covaxin só foi apresentada ao Ministério da Saúde em 22 de março.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que chefia o departamento de importação do Ministério da Saúde, disseram à CPI em 26 de junho que o documento havia sido enviado em 18 de março.

Afirmaram também que, no dia 20 daquele mês, relataram ao presidente Jair Bolsonaro que o documento tinha problemas.

Entre eles, o pedido de pagamento antecipado e a redução na quantidade de doses que seriam entregues na 1ª remessa.

O governo tem defendido a tese de que o documento só chegou ao ministério em 22 de março.

Um laudo encomendado pela Precisa e obtido pelo Poder360 também contradiz a versão dos irmãos Miranda.

Já Medrades disse aos senadores que “não foi detalhista” ao falar sobre o assunto em uma audiência no Senado em 23 de março, quando fez referência ao envio do documento ainda em 18 de março.

“Eu estava com aquilo fresco na minha cabeça e eu acabei dizendo que encaminhamos. Sim, encaminhamos, porque já havíamos encaminhado”, disse.

Ela disse também que não houve pagamento adiantado pela vacina.

 

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A depoente repetiu por diversas vezes que o documento foi enviado apenas em 22 de março e disse que os irmãos Miranda mentiram em seus depoimentos para a CPI.

Com provas, nós entregamos aqui que eles mentiram quando disseram que levaram a invoice para o presidente da República e também em relação a quando eles a receberam.

Eles dizem que receberam esse invoice no link do Dropbox no dia 18, o que não é verdade”, disse.

Ela afirmou ainda estar disposta a passar por uma acareação com Luis Ricardo Miranda e com William Amorim Santana, técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde, que depôs à CPI em 9 de julho.

Ambos disseram ter recebido o documento em 18 de março.

Eu desafio o William Amorim e o Luis Ricardo a provarem também que eles receberam no dia 18, porque eles não vão conseguir.

Então, eu estou disposta, inclusive, a fazer uma acareação junto com as informações que eles passaram e com os fatos, se é que eles as têm”, disse.

Fonte: Poder360

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