Notícias

Da redação
09:07
15/02/2022

Djokovic diz estar disposto a sacrificar títulos para não tomar vacina contra Covid

O tenista Novak Djokovic concedeu a primeira entrevista depois de ser impedido de participar do Aberto da Austrália, em janeiro. Ele falou nesta terça-feira, 15, à BBC.

O atual número um do mundo disse estar disposto a não disputar outros torneios se for obrigado a tomar a vacina contra a covid-19.

O sérvio defendeu o “direito de escolha” sobre receber ou não as doses contra o coronavírus.

Djokovic concedeu a primeira entrevista depois de ser impedido de participar do Aberto da Austrália / Foto: Reprodução/Flickr

"Este é o preço que estou disposto a pagar.

(...) Nunca fui contra a vacinação, mas sempre apoiei a liberdade de escolha do que você coloca no seu corpo.

Os princípios de decisão sobre o meu corpo são mais importantes do que qualquer título ou qualquer outra coisa.

Estou tentando ficar em sintonia com meu corpo tanto quanto for possível", disse, em entrevista exclusiva à rede britânica BBC.

Djokovic confirmou que, quando criança, foi vacinado para se prevenir de outras doenças.

Disse que sempre foi “grande estudioso do bem estar, da saúde, da nutrição” e que mantém a mente aberta sobre uma futura imunização.

"Para mim, como um atleta profissional de elite, sempre revi e avaliei cuidadosamente tudo o que tomo, os suplementos, a comida, a água ou bebida esportiva, tudo o que entra no meu corpo como combustível. Baseado em toda a informação que tive, decidi não tomar a vacina".

"Nunca fui contra a vacinação.

Entendo que, globalmente, todos estão fazendo um grande esforço para lidar com este vírus e, tomara, terminar em breve com este vírus".

 

LEIA TAMBÉM

STF forma maioria para derrubar ação trabalhista bilionária contra a Petrobras

A condenação foi imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2018.

--------------------

Ao não disputar o Australian Open, Djokovic abriu caminho para que Rafael Nadal se tornasse o maior vencedor de Grand Slams na história, com 21 Majors.

Antes o sérvio, o espanhol e o suíço Roger Federer estavam empatados com 20 cada.


Caso mantenha a postura, Djokovic pode ter que sacrificar também os dois próximos Grand Slams do calendário, Roland Garros e Wimbledon.

França exige o passaporte vacinal no controle de entrada de estrangeiros.

A Inglaterra não tem a mesma política, mas a organização de Wimbledon disse não ser possível dar ao tenista uma garantia de que ele poderia competir sem estar vacinado.

"Este é o preço que estou disposto a pagar".

Compartilhe