Economia & Negócios

Edição: Marcel Azuma
07:33
15/02/2022

STF forma maioria para derrubar ação trabalhista bilionária contra a Petrobras

A Primeira Turma do STF formou maioria para suspender a maior condenação trabalhista da história da Petrobras.

A condenação foi imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2018.

Desde então, o valor estimado para corrigir os salários de 51 mil funcionários, entre ativos e aposentados, aumentou 176%.

A previsão inicial era de R$ 17 bilhões. Com as atualização passou  para R$ 47 bilhões.

Shutterstock

Em julho de 2021, o ministro Alexandre de Moraes concedeu liminar à estatal para restabelecer as decisões de instâncias inferiores que haviam dado razão à Petrobras no processo.

No plenário virtual, o ministro Dias Toffoli votou para referendar a decisão. Nessa segunda-feira (14) a ministra Cármen Lúcia se manifestou da mesma maneira.

Falta apenas o voto da ministra Rosa Weber já que o ministro Luís Roberto Barroso se declarou suspeito e não participa do julgamento julgamento que segue até sexta (18), no plenário virtual,

 

LEIA TAMBÉM

Djokovic diz estar disposto a sacrificar títulos para não tomar vacina contra Covid

O tenista Novak Djokovic concedeu a primeira entrevista depois de ser impedido de participar do Aberto da Austrália, em janeiro.

----------------------

O processo trata do cálculo de remuneração acertado no acordo coletivo de 2007 e aplicado pela empresa – a Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), que fixou um piso salarial para as ocupações.

A interpretação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) é de que a RMNR gerou uma série de distorções salariais para os trabalhadores de áreas industriais, expostos a ambientes nocivos à saúde.

 O argumento da entidade é de que adicionais legais, como os de periculosidade, noturno, confinamento, entre outros, não podem ser comprimidos na RMNR, como fez a Petrobras.

LEIA TAMBÉM

'Farme’, em Ipanema, é eleita a segunda melhor praia gay do mundo em 2021

Na lista, a Praia de Ipanema conquistou o segundo lugar no quesito “fun in the sun” (algo como “diversão ao sol”).

--------------------

Apesar da derrota, a federação quer voltar a debater o tema no Supremo.

Embora seja relevante o julgamento na turma, ele não deverá pôr fim à discussão. A expectativa é de que a matéria referente a repercussão geral que é favorável aos trabalhadores seja submetida futuramente a julgamento no plenário do STF”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP.

A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou que vem cumprindo rigorosamente os termos ajustados em comum acordo com as entidades sindicais em 2007.

A empresa afirma que o questionamento sobre os pagamentos na esfera judicial ocorreu somente em 2010, três anos após a assinatura do acordo coletivo que trata do assunto.

Com informações do Estadão Conteúdo/Valor Econômico

Compartilhe