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Edição: Hugo Julião
09:55
30/03/2022

EUA oferecem R$ 24 milhões por informações de propinas da Braskem e Odebrecht

O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI estão oferecendo recompensa de até US$ 5 milhões (cerca de R$ 24 milhões) a quem fornecer informações que levem à identificação de destinatários de propinas da Odebrecht e da Brasken.

A iniciativa faz parte do chamado “Programa de Recompensas de Recuperação de Ativos da Cleptocracia”, aprovado pelo Congresso com objetivo de promover o compromisso do governo americano no combate à corrupção de governos estrangeiros.

A meta do programa, administrado pelo Gabinete de Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro, é “identificar e recuperar ativos roubados, confiscar os lucros da corrupção e, quando apropriado e viável, devolver esses bens roubados ou valores ao país prejudicado pelos atos de corrupção”.

A recompensa será paga a quem fornecer informações que levem à retenção ou apreensão, confisco ou repatriação de ‘ativos roubados’, conforme definido na lei

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No comunicado divulgada nas redes sociais, o Tesouro americano lembra que a Odebrecht admitiu em seu acordo de confissão de culpa, com o Departamento de Justiça dos EUA, que pagou US$ 788 milhões em propinas para ou em benefício de funcionários do governo em 12 países.

Dentre eles, Angola, Argentina, Brasil, Colômbia , República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela entre 2001 e 2016. 

A Braskem SA, por sua vez, é a petroquímica criada pela Petrobras em sociedade com a Odebrecht, e também usada no esquema do petrolão.

 


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Em nota ao site, a Odebrecht pediu para esclarecer que não é objeto da ação do tesouro dos Estados Unidos.

“O comunicado é destinado aos residentes e nativos americanos que tenham informações vinculadas aos casos mencionados.

Não há qualquer pendência da Odebrecht no que diz respeito ao cumprimento do acordo de leniência assinado em 2016 com o país.

Inclusive, é importante ressaltar que o grupo e suas empresas controladas receberam o aval em 2020 dos monitores externos indicados pelo Departamento de Justiça Americano (DOJ), que certificaram a eficácia do sistema de governança implementado e concluíram o monitoramento.”

Nos EUA, os responsáveis pela cleptocracia brasileira estariam todos presos e com seus bens confiscados, e não livres para disputar eleições e perseguir juízes, procuradores e delegados.


Fonte: O Antagonista

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