Saúde

Edição: Hugo Julião
09:42
06/02/2022

Canadá descarta uso do exército para retirar manifestantes contra a vacinação de Covid

Opositores às medidas de restrição para conter a epidemia de Covid-19 voltaram a protestar no Canadá nesse sábado (5).  

O movimento dos caminhoneiros deu seguimento ao chamado comboio da liberdade.

O grupo protesta contra o passaporte vacinal obrigatório para passar a fronteira com os Estados Unidos.

Os motoristas estacionaram seus veículos pesados no entorno do parlamento, em Otawa.

Há vários dias, caminhoneiros bloqueiam vias da capital canadense Ottawa em protesto contra as restrições sanitárias (AFP)
 

O governo descartou a possibilidade de enviar o exército para desalojar os manifestantes.

Para a mobilização do fim de semana, porém, 150 policiais adicionais foram mobilizados nas ruas da capital.

O protesto deste sábado faz parte de um movimento de caminhoneiros que começou no oeste do país e se transformou em uma ocupação de Ottawa.

Por oito dias, as ruas em frente ao parlamento e do gabinete do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foram ocupadas por dezenas de caminhões e manifestantes.

Manifestantes em apoio aos atos dos caminhoneiros contra a obrigatoriedade da vacina // Reuters

Na manhã deste sábado, os manifestantes se reuniam ao redor de fogueiras, agitando bandeiras canadenses e cartazes contra o governo.

Alguns participantes montaram abrigos improvisados, pois as temperaturas podem cair para -30°C nessa época do ano, e prometeram não se retirar até que as restrições sejam levantadas.

Cerca de 2.000 pessoas se juntaram aos caminhoneiros já presentes nas ruas de Ottawa, de acordo com as autoridades de segurança.  

O movimento tem o apoio do bilionário Elon Musk e do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.[


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As autoridades canadenses investigam, agora, aqueles que "financiam e permitem essa manifestação ilegal e prejudicial", disse o chefe de polícia de Ottawa.

Uma campanha de crowdfunding arrecadou mais de US$ 10 milhões para os manifestantes.

Porém, a plataforma GoFundMe retirou a campanha do ar por não respeitar as suas condições de uso, indicando que os fundos restantes seriam redistribuídos para instituições de caridade.

Mesmo que a mobilização dos caminhoneiros seja apoiada apenas por 32% dos canadenses, segundo pesquisa recente, isso ainda representa um segmento da população maior do que os não vacinados do país, que correspondem a 10% dos adultos.

Com informações da AFP

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