Segundo uma nova pesquisa que usou dados do telescópio espacial Kepler, da Nasa, pode haver até 300 milhões de planetas habitáveis em nossa galáxia.
E alguns podem estar bem próximos de nós, a apenas 30 anos-luz de distância Sol.
As descobertas, feitas por cientistas da agência espacial norte-americana, do Instituto Seti, em Taiwan, e outras organizações globais, serão publicadas no The Astronomical Journal.
Ilustração mostra Kepler-186f, o primeiro planeta validado do tamanho da Terra a orbitar uma estrela distante na zona habitável (Foto: NASA Ames / JPL-Caltech / T. Pyle)
“Esta é a primeira vez que todas as peças foram colocadas juntas para fornecer uma medição confiável do número de planetas potencialmente habitáveis na galáxia. Este é um termo-chave da Equação de Drake.
Estamos um passo mais perto de descobrir se estamos sozinhos no cosmos”, disse, em nota, Jeff Coughlin, coautor do estudo e pesquisador de exoplanetas do Instituto Seti.
A Equação de Drake é um argumento sobre probabilidades usado para estimar o número de civilizações extraterrestres ativas em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
Para desenvolver uma estimativa razoável, os pesquisadores analisaram exoplanetas semelhantes à Terra em termos de tamanho, com maior probabilidade de serem planetas rochosos.
Eles também observaram estrelas com idade e temperatura semelhantes às do Sol.
De todos os exoplanetas encontrados por Kepler, este mundo distante e rochoso é o mais parecido ao nosso (Fonte: Ames Research Center, Daniel Rutter/Nasa)
Essa nova pesquisa também considera, pela primeira vez, quanta luz atinge o astro para averiguar a probabilidade de água líquida.
Para isso, a equipe analisou não apenas os dados do Kepler, mas também da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) sobre quanta energia a estrela do planeta emite.
Os resultados refletem melhor a diversidade de estrelas, sistemas solares e exoplanetas em nossa galáxia.
“Saber quão comuns são os diferentes tipos de planetas é extremamente valioso para o projeto das próximas missões de descoberta de exoplanetas", disse a coautora Michelle Kunimoto, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Ilustração de como poderia ser o Kepler-1649c à sua superfície (Fonte: Ames Research Center, Daniel Rutter/Nasa)
Mais pesquisas serão necessárias para entender o papel que a atmosfera de um planeta tem em sua capacidade de suportar água líquida.
A missão Kepler, que oficialmente parou de coletar dados em 2018, identificou mais de 2.800 exoplanetas confirmados, com outros milhões de candidatos esperando para serem confirmados.
Até agora, os pesquisadores identificaram centenas de planetas na zona habitável de sua estrela.
Pode demorar um pouco para encontrar todos os 300 milhões estimados pela Equação de Drake.
Com informações do Gizmodo