Ciência & Tecnologia

Edição: Hugo Julião
04:02
28/02/2021

EUA testa painel solar que envia energia para qualquer lugar da Terra

Cientistas que trabalham para o Pentágono testaram com sucesso um painel solar do tamanho de uma caixa de pizza no espaço.

Foi projetado como um protótipo de um futuro sistema para enviar eletricidade do espaço de volta para qualquer ponto da Terra.



O painel - conhecido como Módulo de Antena de Radiofrequência Fotovoltaica (PRAM) - foi lançado pela primeira vez em maio de 2020.

O objetivo é aproveitar a luz do sol para converter em eletricidade.

Esta é uma impressão artística, produzida para a Nasa, de como pode ser um painel solar espacial. A ideia de estações de energia solar baseadas no espaço existe desde 1941. 

O escritor de ficção científica Isaac Asimov escreveu sobre elas pela primeira vez no conto Razão. 

Na história, ele escreveu sobre uma estação espacial que transmite energia coletada do Sol para vários planetas usando feixes de microondas. 

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O painel é projetado para fazer o melhor uso da luz no espaço e assim reter a energia das ondas azuis antes que ela passe pela atmosfera.

Isso faz com que o painel fique mais energizado do que a luz do sol que chega à Terra.

"Estamos recebendo uma tonelada de luz solar extra no espaço apenas por causa disso", disse Paul Jaffe, um dos co-desenvolvedores do projeto.
 

Uma curiosidade: a luz azul se espalha ao entrar na atmosfera e essa é a razão pela qual o céu parece azul.

A câmara térmica de vácuo permitiu que o PRAM fosse testado em condições de espaço no laboratório

A unidade ainda não enviou energia diretamente de volta para a Terra, mas essa tecnologia já foi comprovada.

"A vantagem única dos satélites de energia solar sobre qualquer outra fonte de energia é a transmissibilidade global.

"Você pode enviar energia para Chicago e uma fração de segundo depois, se precisar, envie para Londres ou Brasília", disse Jaffe.


A missão do avião espacial norte-americano X-37B está envolta em segredo, sendo o experimento PRAM um dos poucos detalhes conhecidos de seu propósito.

O projeto foi financiado e desenvolvido pelo Pentágono, Fundo de Melhoria da Capacidade de Energia Operacional (OECIF) e Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA em Washington, DC.


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