governo argentino anunciou nessa sexta-feira (11) um acordo com supermercados e fornecedores de bens de consumo de massa para congelar ou regular os preços de cerca de 1.500 produtos, na tentativa de conter uma inflação que deve chegar a 100% este ano.
Casa Rosada. Foto: Diego Delso. Wikimedia Commons
O governo peronista de centro-esquerda está lutando contra uma queda na popularidade e protestos de rua, enquanto os preços em espiral minam o poder de compra dos consumidores, mesmo conforme um déficit acentuado e reservas em moeda estrangeira cada vez menores criam riscos para a economia.
O Ministério da Economia disse em um decreto formal que um novo programa de "Preços Justos", abrangendo bens de consumo de alimentos e bebidas a produtos de limpeza, ajudará a "estabilizar os preços dos produtos em favor do consumidor".
Alguns itens terão alta de 4% antes de entrarem no esquema de congelamento de preços por quatro meses, enquanto outros iniciarão o programa nos valores atuais, mas poderão aumentar em até 4% ao mês.
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Antes das eleições do próximo ano, a insatisfação tem começado a crescer, com os níveis de pobreza perto de 40%.
Milhares protestaram na quinta-feira contra o governo e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que emprestou bilhões de dólares ao país latino-americano.
"Temos inflação de três dígitos.
O aumento dos preços dos alimentos é bárbaro e estamos diante de um dezembro brutal", disse a manifestante Monica Sulle