Economia & Negócios

Da redação
19:09
11/08/2022

Argentina sobe taxa de juro de 60% para 69,5%

O Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou a taxa básica de juros de 60% para 69,5% ao ano nesta quinta-feira, 11, diante do avanço da inflação no país.

A autoridade monetária anunciou que aumentou em 9,5 pontos porcentuais a taxa de juro nominal anual das Letras de Liquidez (Leliq) a 28 dias.

Da mesma forma, a autoridade monetária aumentou as taxas mínimas de juros dos depósitos a prazo fixo:

Para pessoas físicas, a taxa mínima será de 69,5% ao ano para depósitos de varejo de 30 dias, enquanto para os demais depositantes será de 61%.

Manuel Augusto Moreno/Getty Images

A elevação da taxa aconteceu poucas horas antes de o índice de preços ao consumidor de julho ser divulgado.

A inflação foi de 7,4%, na comparação com o mês anterior, o que levou a um aumento de 46,2% acumulado desde janeiro e de 71% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

O setor que teve o maior aumento mensal foi de Recreação e Cultura (+13,2%), fruto em parte das altas dos serviços de turismo e do recesso de inverno.

Em seguida, segundo a autoridade monetária argentina, a maior alta foi na área de Equipamentos e Manutenção Doméstica (+10,3%), acompanhada de perto por Restaurantes e Hotéis (+9,8%).

 

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Por isso, o BCRA considerou:

necessário aumentar mais uma vez a taxa de política monetária e, assim, acelerar o processo de normalização da estrutura de juros ativos e passivos da economia para aproximá-los de um terreno positivo em termos reais”.

“O aumento da taxa básica de juros ajudará a reduzir as expectativas de inflação para o restante do ano e consolidar a estabilidade financeira e cambial alcançada após os eventos disruptivos dos últimos dois meses” que motivaram a intervenção do BCRA no mercado secundário de títulos públicos, de acordo com o comunicado.

O aumento das taxas de juros está contemplado no programa econômico acordado entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para refinanciar um empréstimo de mais de 40 bilhões de dólares.

Esse acordo também inclui uma redução gradual do déficit fiscal e uma redução drástica na assistência monetária ao Tesouro.

O BCRA acrescentou que fixou a taxa de juros Leliq de 180 dias em um nível anual efetivo inferior à taxa de 28 dias correspondente, porque projeta uma desaceleração do processo inflacionário.

 

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Enquanto isso, para otimizar a transmissão da taxa de política monetária aos diversos segmentos do sistema financeiro e do mercado de capitais, abrirá a possibilidade de os fundos mútuos realizarem operações compromissadas com o BCRA.

“Essa ação é complementada por um aprofundamento dos esforços de articulação com o Ministério da Economia Nacional para que a estrutura de juros do BCRA apresente spreads razoáveis com os títulos do Tesouro Nacional”, concluiu.

 

Com informações da EFE e do Broadcast 

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