No ano de 2023, o Brasil encerrou suas contas com um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, marcando o segundo maior rombo na série histórica iniciada em 1997.
Este resultado só foi superado pelo registrado em 2020, ano marcado por gastos extraordinários devido à pandemia.
Foto: Agência Brasil
O déficit primário ocorre quando a arrecadação governamental com impostos é insuficiente para cobrir os gastos totais.
Em termos simplificados, é como se o governo gastasse mais do que a receita obtida, uma situação semelhante a quando os gastos no cartão de crédito superam o salário.
Embora o déficit do ano passado tenha sido ligeiramente maior do que o previsto, a equipe econômica do governo aponta a antecipação de pagamento de precatórios como um dos fatores para o aumento do rombo em R$ 92 bilhões.
Para 2024, o objetivo é ambicioso: atingir um déficit zero, o que exigirá um aumento substancial na arrecadação, estimado em mais R$ 168 bilhões.
O déficit de 2,1% do PIB em 2023 coloca o Brasil diante de um desafio significativo para equilibrar suas contas no ano seguinte.
A meta de déficit zero é um objetivo crucial, mas que exigirá esforços significativos por parte do governo, tanto em termos de aumento de receitas quanto na gestão de despesas.