A recuperação do mercado de trabalho avançou no país em agosto, com a criação de 372.265 empregos formais.
Trata-se da maior geração de empregos com carteira assinada para meses de agosto em toda a série histórica do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e desempregados), iniciada em 2010.
O resultado representa avanço de 53,5% em relação as vagas criadas no mesmo mês de 2020.
Medida Provisória que altera CLT tem validade até segunda-feira (Tony Winston/Agência Brasília)
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O saldo vem de 1.810.434 contratações e 1.438.169 demissões, o número é 22,7% maior que as mais de 303 mil vagas abertas em julho.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta quarta-feira (29).
Apesar de não estar mais responsável pela política de estímulo de geração de empregos, no início desta semana o ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou criação de 200 mil empregos formais em agosto.
“Desde o fundo do poço (início da pandemia), vamos criar 3 milhões de empregos (se em agosto o saldo for 200 mil)”, disse na ocasião. O resultado veio 172 mil vagas acima do estimado.
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No mês, os cinco setores da atividade econômica registraram criação de empregos.
Em primeiro lugar está o setor de serviços que, após ter sofrido forte impacto ano passado, mostra recuperação este ano e criou 180.660 postos em agosto.
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O saldo de empregos formais no primeiro semestre de 2021 é de 2.203.987 novas vagas.
Também é o melhor resultado para o período desde 2010.
No ano passado, por conta dos impactos das crises sanitária e econômica, o mercado de trabalho formal acumulava 849.387 empregos destruídos de janeiro a agosto.
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No acumulado do ano o destaque também está no setor de serviços, que, sozinho, tem saldo positivo de 927.248 empregos criados.
Em seguida, está a indústria, com 469.801.
Os setores de comércio, construção e agropecuária registraram, respectivamente, 283.095, 237.985 e 186.453 novos postos de trabalho nos primeiros oito meses do ano.