22/03/2022 06:23

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A crise do preço dos combustíveis e a pressão para a criação de um subsídio com recursos do Tesouro acirraram os ânimos entre os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e Paulo Guedes.

A rusga da vez é o surgimento nos bastidores da indicação para o presidente Jair Bolsonaro do nome do secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Paes de Andrade, para substituir Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Entre auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o trabalho de Caio Paes de       Andrade para levar o governo federal para a internet tem sido muito elogiado.

Principalmente por sua atuação à frente da digitalização dos serviços públicos na plataforma Gov.br.

Como o secretário, que já foi presidente do Serpro (estatal de processamento de dados do governo), é auxiliar de Guedes, o aparecimento do nome foi interpretado no ministério de Minas e Energia como uma tentativa de ingerência de Guedes na área que não é dele.

Na contramão, Bento e outros ministros têm apoiado Silva e Luna a permanecer na Petrobras, mas sua situação no cargo segue delicada, segundo fontes.    


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Em meio às notícias de que a saída do presidente da Petrobras pode ocorrer no dia 13 de abril, data da eleição do novo conselho de administração da empresa, Guedes negou a interlocutores que tenha sugerido o nome de Caio.

Mas em conversas com auxiliares não esconde que está cada vez mais desconfortável com a pressão do Ministério de Minas e Energia para a criação de um subsídio com recursos do Tesouro.

A percepção na área econômica é que Bento estaria acuado com as críticas de Bolsonaro à Petrobras.

Por conta disso, está tentando jogar a conta para o Ministério da Economia via subsídio “sem controlar os lucros abusivos da empresa”, motivo de descontentamento do presidente.

Guedes e equipe preferem esperar o cenário internacional antes de decidir sobre a criação de um subsídio.


Com informações do Estadão

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