Consumidores terão bônus entre R$ 2 mil e R$ 8 mil na compra de carros de até R$ 120 mil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nesta segunda-feira, 5, um pacote de estímulo à venda de carros novos de até R$ 120 mil para socorrer a indústria automobilística.
A medida também deve incluir descontos especiais para caminhões e ônibus.
O presidente vai se reunir na manhã desta segunda com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para bater o martelo sobre o programa.
O pacote sofreu alterações em relação ao plano original anunciado. No lugar da redução de 1,5% a 10,96% sobre o valor do carro mediante redução de impostos, anunciada do dia 25 de maio, serão oferecidos aos compradores bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil, como revelou o Estadão na sexta-feira, 2.
Com a mudança, o valor do bônus será aplicado na Nota Fiscal ao consumidor e compensado depois pelas montadoras no recolhimento dos tributos.
Atualmente, os dois modelos de carro mais baratos à venda, o Fiat Mobi e o Renault Kwid, custam R$ 68.990.
Se o desconto tiver como base apenas o valor do bônus, os preços seriam reduzidos em R$ 8 mil, caso eles atendam os três critérios do governo: social (quanto mais barato o carro, maior o desconto), eficiência energética (quanto a menor a emissão de CO2, maior o desconto) e produção nacional (quanto mais peças produzidas no País, maior do desconto).
O chamado carro popular, portanto, custaria R$ 60.990. A meta do governo era chegar ao valor limite de R$ 60 mil, que não seria alcançado.
Para isso ocorrer, as montadoras ou concessionários teriam de dar um desconto extra.
A Medida Provisória (MP) deve ter validade de quatro meses, inicialmente para vendas a pessoas físicas, pois o foco é beneficiar o consumidor final. Depois, as vendas seriam liberadas também para pessoas jurídicas, como locadoras e frotistas.