Na cúpula realizada em Pequim em 7 de dezembro, a União Europeia (UE) e a China abordaram questões complexas, incluindo a proximidade da China com a Rússia e as supostas vendas chinesas de itens de uso duplo.
Entretanto, o encontro foi marcado por baixas expectativas de avanços significativos em comércio, mudanças climáticas ou diferenças geopolíticas.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel (E), o presidente chinês, Xi Jinping, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro em Pequim Foto: Huang Jingwen/Xinhua via AP
A Postura inflexível da China e a recepção a Lukashenko
- A China endureceu sua posição em relação à Ucrânia, esperando um conflito congelado como desfecho provável.
- Isso ficou evidente quando Xi Jinping recebeu Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, um aliado próximo de Putin e pária na Europa, reforçando a confiança política em sua liderança.
A comunicação China-UE: diálogos sem resultados concretos
- Enquanto a comunicação entre China e UE continua através de diálogos e grupos de trabalho, os contatos de alto nível recentes entre as partes são caracterizados por discussões amplas, mas sem resultados práticos.
Emergindo confronto comercial
- Um confronto comercial significativo está se formando entre a China e a UE.
- Setores avançados, anteriormente dominados por empresas europeias, como turbinas eólicas e energia solar, estão agora sob a influência crescente da China, com veículos elétricos sendo o mais recente foco.
Subsídios e dominância da China no setor automotivo
- A China conseguiu a liderança em veículos elétricos a bateria através de uma combinação de subsídios, transferências coercivas de tecnologias estrangeiras, trabalho árduo e visão de futuro.
- A produção excessiva no setor automotivo chinês ameaça desestabilizar o mercado europeu.
Europa diante de um dilema comercial e ambiental
- Enfrentando um dilema complexo, a UE pode optar por importar veículos elétricos chineses para alcançar seus objetivos ambientais, mas isso pode ameaçar a indústria e empregos locais.
- Além disso, esforços para se tornar menos dependente da China podem atrasar a transição para uma economia de baixo carbono.
A estratégia chinesa e os desafios da UE
- A China continua a investir fortemente na manufatura, acreditando que seu controle sobre as tecnologias limpas forçará a Europa a ceder.
- A UE, por outro lado, enfrenta a difícil escolha entre proteger o meio ambiente, manter a independência da China e proteger sua indústria.
Possível guerra comercial no horizonte
- Com a China reforçando sua influência e a UE debatendo sua abordagem, as tensões podem culminar em uma guerra comercial significativa, desafiando as relações e o equilíbrio econômico entre as duas potências globais.
Com informações do Economist