25/10/2023 20:39

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Uma pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que entregadores, motoristas e outros profissionais que prestam serviços via aplicativos digitais têm uma renda média de dois salários mínimos, contudo, enfrentam jornadas de trabalho superiores a 40 horas por semana.

Perfil predominante: homens jovens do Sudeste


Segundo o levantamento, a maioria destes profissionais são homens, com idades entre 25 e 39 anos, e residem na região Sudeste do Brasil.

 

Um olhar sobre a "plataformização" do trabalho no Brasil

 

No quarto trimestre de 2022, o país contava com 1,5 milhão de trabalhadores vinculados a serviços de aplicativos.

  • Esse número representa 1,7% da população ocupada no setor privado.
  • O estudo também destaca que, além dos motoristas e entregadores, há uma variedade de profissionais usando apps para serviços gerais, como eletricistas, faxineiros, e também para funções mais especializadas como TI e design.

 

Transporte e entrega: os setores mais expressivos


Dentre os trabalhadores de aplicativos, 47,2% (704 mil) são motoristas de transporte de passageiros (exceto táxi), enquanto os aplicativos de entrega de comida e produtos contam com 39,5% (589 mil) desses profissionais.

 

Comparativo de rendimentos e jornadas de trabalho


Apesar da renda mensal dos trabalhadores "plataformizados" ser, em média, R$ 2.645, ligeiramente acima da média salarial de R$ 2.510 dos trabalhadores não vinculados a plataformas, eles enfrentam uma jornada de trabalho mais extensa:

  • em média, 46 horas por semana, comparado às 39,5 horas semanais dos demais profissionais.

 

Dados e métodos da pesquisa

 

  • A pesquisa foi realizada em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
  • Utilizou-se a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para coletar dados no último trimestre de 2022, focando em indivíduos ocupados acima de 14 anos, excluindo funcionários públicos e militares.
  • A intenção do estudo, que ainda está em fase experimental, é entender melhor a relação de trabalho com as plataformas digitais, incluindo dependência financeira e influência na jornada de trabalho.
  • Por ser um levantamento inicial, ainda há sobreposições e ajustes a serem feitos nos dados.

 

Com informações do G1

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