06/04/2021 14:36

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A vacinação anti-Covid e um forte apoio fiscal, especialmente nos Estados Unidos, levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a melhorar as previsões para a economia global.

Após a recessão histórica provocada pela pandemia no ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial vai crescer 6% em 2021.

A perspectiva para a economia do Brasil também melhorou e o país deve crescer 3,7% este ano.

No entanto, o FMI alerta que as perspectivas a longo prazo dependem da evolução da pandemia.

O FMI divulgou, nesta terça-feira (6), o relatório "Perspectivas da Economia Mundial" (WEO, em suas siglas em inglês), com melhores perspectivas para a economia global em 2021 (Mandel Ngan/AFP)

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O FMI melhorou as projeções para toda a América Latina que, depois da forte contração de 7% registrada no ano passado, terá em 2021 “uma recuperação leve e com velocidades diferentes".

Mas a previsão é que a região tenha um crescimento de 4,6%, ficando, portanto, abaixo da média global de 6%.

Assim como para o Brasil, o organismo com sede em Washington alertou que as perspectivas para toda a região a longo prazo "continuam dependendo do rumo que a pandemia tomar".

"A maioria dos países do sub-continente não garantiu vacinas suficientes para cobrir sua população", alertou a instituição, enquanto a OMS multiplica os apelos para uma melhor distribuição dos imunizantes no planeta.


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Vários países latino-americanos devem crescer mais do que o Brasil este ano. Segundo o FMI, o crescimento mexicano será de 5%, o da Argentina de 5,8% e o Chile 6,2%.

A boa perspectiva para a economia argentina é de importância vital para o país, paralisado em um lento diálogo com o FMI para renegociar os termos de um acordo gigantesco para um empréstimo de US$ 44 bilhões.

Para o conjunto da região, o FMI estima um crescimento mais modesto em 2022, de 3,1%.

A projeção para o PIB mundial de 6% é 0,5 ponto mais alto do que a previsão de janeiro. Para 2022, a instituição projeta um aumento de 4,4% (+0,2 ponto).

Com a recuperação, o volume de comércio de bens e serviços no mundo vai crescer 8,4% em 2021 e 6,5% no próximo ano.

"A saída da crise sanitária e econômica é cada vez mais visível", afirma a economista chefe do FMI, Gita Gopinath, na introdução do WEO.

Para os Estados Unidos, país que aprovou um pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão no mês passado, a expectativa é de um crescimento de 6,4% (+1,3 ponto) em 2021 e de 3,5% (+1 ponto) em 2022.

Ao mesmo tempo, o PIB da China, um dos poucos países que cresceu no ano passado, vai ter um aumento de PIB 8,4% em 2021, segundo o FMI.


Os fechamentos de estabelecimentos comerciais para frear a propagação do vírus provocaram um dano às economias dos países em desenvolvimento.

O FMI calcula que quase 95 milhões de pessoas caíram na pobreza extrema em 2020 e o planeta tem 80 milhões a mais de desnutridos que antes.

Com informações da AFP

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