02/01/2025 09:32

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Material escolar

Imagem de Angela por Pixabay


Em 2024, as famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares, um aumento significativo de 43,7% nos últimos quatro anos. Esse valor, revelado por uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva em parceria com a QuestionPro, reflete o crescente peso dessa despesa no orçamento familiar, afetando diretamente 85% das famílias com filhos em idade escolar.

Principais dados da pesquisa:

  • 1.461 entrevistas realizadas entre 2 e 4 de dezembro de 2024, com homens e mulheres acima de 18 anos, em todo o Brasil.
  • 90% dos pais de estudantes da rede pública e 96% da rede privada planejam comprar materiais escolares para o ano letivo de 2025.
  • 87% dos entrevistados precisam adquirir materiais escolares solicitados pelas escolas, seguido de 72% que comprarão uniformes e 71% que irão adquirir livros didáticos.

Crescimento dos gastos

  • O gasto com materiais escolares saltou de R$ 34,3 bilhões em 2021 para R$ 49,3 bilhões em 2024. João Paulo Cunha, diretor de pesquisa do Instituto Locomotiva, destaca que esse aumento também reflete o peso crescente no orçamento das famílias brasileiras.

Impacto nas famílias

  • 95% das famílias da classe C e 85% das famílias com filhos em idade escolar relatam que a compra de materiais escolares impacta seus orçamentos familiares.
  • 38% dos entrevistados indicam que esse gasto tem muito impacto nas finanças, enquanto 47% afirmam que tem algum impacto. Apenas 15% afirmam que o impacto é irrelevante.

Parcelamento como Solução

  • Com o aumento dos custos, 35% das famílias planejam parcelar as compras para o ano letivo de 2025. Entre as famílias de classe C, esse número sobe para 39%. 65% dos entrevistados pretendem pagar à vista, com 71% entre as famílias das classes A e B.

Aumento dos preços e causas

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento nos preços dos materiais escolares é atribuído a fatores como a inflação, elevação nos custos de produção, preços de frete marítimo e alta do dólar. Para 2025, a entidade estima um aumento entre 5% e 9% nos preços.

Sidnei Bergamaschi, presidente da ABFIAE, explica que muitos itens da lista escolar são importados, o que torna os preços mais suscetíveis a variações no dólar e nos custos de transporte internacional.

Propostas para aliviar os custos:

A ABFIAE defende a implementação de programas públicos para a aquisição de materiais escolares, como o Programa Material Escolar, que já é adotado em algumas cidades como São Paulo, Foz do Iguaçu e Distrito Federal, onde o poder público oferece crédito para estudantes de escolas públicas.

Além disso, a ABFIAE propõe a redução de impostos sobre os itens da lista escolar, alegando que impostos chegam a representar até 50% do valor dos produtos, o que eleva significativamente o custo final para os consumidores.

 

Com informações da Agência Brasil

Da redação

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