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Em 2024, as famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares, um aumento significativo de 43,7% nos últimos quatro anos. Esse valor, revelado por uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva em parceria com a QuestionPro, reflete o crescente peso dessa despesa no orçamento familiar, afetando diretamente 85% das famílias com filhos em idade escolar.
De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento nos preços dos materiais escolares é atribuído a fatores como a inflação, elevação nos custos de produção, preços de frete marítimo e alta do dólar. Para 2025, a entidade estima um aumento entre 5% e 9% nos preços.
Sidnei Bergamaschi, presidente da ABFIAE, explica que muitos itens da lista escolar são importados, o que torna os preços mais suscetíveis a variações no dólar e nos custos de transporte internacional.
A ABFIAE defende a implementação de programas públicos para a aquisição de materiais escolares, como o Programa Material Escolar, que já é adotado em algumas cidades como São Paulo, Foz do Iguaçu e Distrito Federal, onde o poder público oferece crédito para estudantes de escolas públicas.
Além disso, a ABFIAE propõe a redução de impostos sobre os itens da lista escolar, alegando que impostos chegam a representar até 50% do valor dos produtos, o que eleva significativamente o custo final para os consumidores.
Com informações da Agência Brasil
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