O Brasil registrou, no ano passado, um novo recorde de aportes em startups.
Segundo dados de uma pesquisa da KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), o investimento dos fundos de venture capital chegou a R$ 46,5 bilhões, superando o ano anterior pela quarta vez consecutiva.
Em relação a 2020, o valor é quase três vezes maior.
O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelas fintechs — startups ligadas ao setor financeiro — e pelo segmento de seguros (insuretechs), que representaram quase 30% desse montante.
Entre os dez maiores aportes em startups em 2021, quatro envolveram fintechs.
Como resultado direto da grande injeção de liquidez nesse mercado, o país vive um boom de novos unicórnios, como são chamadas as empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.
Fazem parte desse grupo, por exemplo, MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, C6 Bank, Facily e Olist.
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Os fundos de private equity, por sua vez, foram em direção contrária, de acordo com a pesquisa.
Os investimentos dessas gestoras — que se focam em companhias mais maduras e estabelecidas — recuaram 19%, para R$ 7,3 bilhões.
Um outro levantamento, divulgado na semana passada pela plataforma Distrito, aponta que as startups receberam investimentos de US$ 9,4 bilhões (cerca de R$ 52 bilhões) no ano passado.
Trata-se de uma quantia 2,5 vezes maior do que todo o volume de aportes registrados em 2020.
Na comparação com 2011, ano em que o relatório começou a ser realizado, o volume de aplicações em startups é ainda maior.
Em uma década, o aporte nessas empresas cresceu mais de 60 vezes no Brasil.