Os jovens são os que mais têm dificuldades de conseguir uma fonte renda no Brasil, seja por meio da obtenção de um emprego ou pelo empreendedorismo.
No segundo trimestre de 2021, por exemplo, apenas 6,8% dos empreendedores brasileiros eram jovens entre 18 e 24 anos, o que corresponde a aproximadamente 1,9 milhão de pessoas.
A informação consta do estudo Empreendedorismo Jovem no Brasil, realizado pelo Sebrae com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Ibge.
A pesquisa revela também que vem ocorrendo uma queda da participação dos jovens no empreendedorismo nos últimos cinco anos.
Em 2016, eles correspondiam a 7,2% dos empreendedores brasileiros e no auge da pandemia do coronavírus a participação deles caiu para 5,8%, o menor patamar do período.
“No segundo trimestre de 2020 o Brasil perdeu cerca de 464 mil empreendedores jovens, mas com a melhoria de cenário, após um ano, cerca de 446 mil pessoas desse grupo entraram ou retornaram a essa atividade”, observa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
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Além da baixa participação dos jovens no empreendedorismo, eles também são os que mais sofrem com a falta de emprego.
Entre os brasileiros dessa faixa etária, a taxa de desemprego, historicamente, é duas a três vezes superior à média do país e na pandemia superou a marca dos 31%.
O estudo detectou ainda que os donos de negócios com até 24 anos são os menos formalizados. Enquanto nas outras faixas etárias a formalização gira em torno de 30% a 35%, entre os jovens apenas 16% têm CNPJ.
Eles também são os que menos contribuem para a Previdência Social: 17%.
Além disso, entre aqueles com até 24 anos, é maior a proporção dos que ganham menor rendimento: 66% têm renda de até um salário-mínimo, percentual 14 pontos acima dos empreendedores com mais de 65 anos, que são os que apresentam o maior rendimento.
Com informações do DC