Os motoboys que utilizam aplicativos para trabalhar não apenas trabalham mais horas, mas também ganham menos, de acordo com um novo levantamento do IBGE.
A pesquisa, divulgada recentemente, indica uma disparidade significativa entre os rendimentos dos trabalhadores desta categoria.
Divergência nos rendimentos
- Os dados mostram que os entregadores de apps trabalham cerca de 5 horas a mais semanalmente em comparação com outros profissionais da mesma categoria.
- Contudo, ganham, em média, R$ 426 a menos por mês.
- O salário médio dos motoboys de aplicativos é de R$ 1.784, enquanto os que não utilizam tais plataformas ganham R$ 2.210.
Comparativo com motoristas de aplicativos
- A pesquisa do IBGE também destaca que os motoboys de apps ganham menos do que os motoristas de automóveis que transportam passageiros por meio de aplicativos.
- Embora os motoristas de apps tenham um salário mensal levemente superior em comparação com os motoristas que não usam tais plataformas, a diferença se torna negativa quando se olha para o rendimento por hora de trabalho.
Perfil dos trabalhadores "plataformizados"
Os motoboys e motoristas de aplicativos compõem a maior parcela da população "plataformizada" do Brasil.
- No país, dos 338 mil motociclistas que atuam principalmente com entregas, 50,8% utilizam aplicativos.
- Entre os motoristas de transporte de passageiros, 60,5% dos 1,2 milhões trabalham por meio dessas plataformas.
Visão geral dos trabalhadores de aplicativos
No final de 2022, o Brasil contava com 1,5 milhão de trabalhadores atuando por meio de aplicativos, equivalente a 1,7% da população ocupada no setor privado.
- Esta categoria inclui, além de entregadores e motoristas, outros profissionais que dependem de apps para prestar serviços variados.
Metodologia da pesquisa
- O levantamento foi realizado através de um Acordo de Cooperação Técnica entre o IBGE, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
- A pesquisa analisou dados do último trimestre de 2022 e é considerada experimental, estando ainda em avaliação.
Com informações do G1