02/06/2022 09:43

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O PIB do primeiro trimestre teve um crescimento de 1% em relação ao último trimestre de 2021, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta (2).

O bom desempenho é reflexo da reabertura econômica, da recuperação sólida do emprego, do avanço da renda disponível das famílias e do salto nos preços das commodities.

O resultado ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado finandeiro, que esperava uma alta de 1,2%.

Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB apresentou crescimento de 1,7%.

Reprodução

No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Com esse resultado, o PIB está 1,6% acima do patamar do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia.

O nível está 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014 e próximo do registrado no primeiro trimestre de 2015.


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O crescimento foi puxado pela alta nos serviços (1,0%), que representam 70% do PIB do país.

Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2%, no trimestre, e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação.

Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Ainda dentro dos serviços, houve crescimento de 2,1% em Transporte, armazenagem e correio.


Agricultura impactada negativamente com um recuo de 0,9%.

A queda deveu-se aos problemas climáticos no Sul do Brasil, que ocasionou a diminuição nas expectativas da produção de soja. 

Foto: China Daily / Reuters

Segundo o IBGE, na indústria, houve estabilidade. O maior avanço veio de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (6,6%).

A única queda foi nas indústrias extrativas, que encolheu 3,4% frente ao último trimestre do ano passado. A produção de ferro caiu bastante, explica a pesquisadora.

Para compensar, a indústria de transformação - que tem grande peso no grupo - teve uma alta de 1,4%.

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