O deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) reuniu-se com técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) para conversar sobre o licenciamento ambiental das Casas de Farinha de Sergipe.
O objetivo foi a criação de um grupo de trabalho para organizar a regularização ambiental dos empreendimentos, promover a capacitação dos agricultores, estudar mecanismos de manejo da manipueira, reduzir custos no licenciamento para agricultores familiares e melhorar as condições de trabalho dos produtores.
Zezinho Sobral explica que estes são desdobramentos da Lei 8.839/2021, aprovada e sancionada em abril, que declara como Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe a Casa de Farinha e o processo de produção desde o plantio da mandioca.
"Essa equipe está sintonizada para a construção de um grupo com foco em amparar os produtores e as casas de farinha, ação extremamente alinhada com a política de preservação do homem do campo”, afirmou.
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Para o parlamentar, a integração entre Seagri e Adema é essencial para fortalecer o diálogo, avançar nas ações e procedimentos de licenciamentos adequados para fomentar e regulamentar essa atividade.
As ações envolvem levantamento de dados, engajamento com parceiros, reuniões (presenciais e virtuais), visitas técnicas e capacitações de produtores e representantes de associações voltadas ao setor.
“O maior arranjo produtivo do estado de Sergipe é a produção de farinha. Para se ter uma ideia da dimensão dessa atividade, somente em Campo do Brito temos mais de 600 casas de farinha.
Precisamos buscar o produtor, apresentar uma solução técnica de viabilidade do que já existe e manter essa atividade essencial em funcionamento, gerando emprego, renda e resultados.
Esse grupo identificará com os agricultores familiares suas atuais dificuldades frente ao licenciamento, debaterá alternativas, receberá sugestões para que possam ser adotados procedimentos simplificados que estejam em consonância com as leis ambientais, fortalecendo os aspectos artesanais, culturais, tradicionais e econômicos”, reforçou Zezinho Sobral, parabenizando o esforço conjunto do secretário Estado da Agr icultura, André Luiz Bomfim, e do presidente da Adema, Gilvan Dias.
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Com o objetivo de valorizar esse Ofício e proteger o agricultor familiar, foi aprovado na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei, de autoria do deputado Zezinho Sobral, que declara como Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe a Casa de Farinha e o processo de produção desde o plantio da mandioca.
“A Casa de Farinha é artesanal, é tradição.
O processo do plantio da mandioca, a escolha da variedade para fazer a farinha de Sergipe, a linha de transporte, de produção, a raspa, a prensagem, o destino da manipueira, o tamanho do grão que determina se é farinha fina ou grossa e a torrefação são processos artesanais importantes, elaborados e desenvolvidos ao longo de séculos.
Quem sabe o ponto certo do tacho é o produtor. A farinha é base da agricultura familiar e da alimenta ção do nosso povo”, declarou o autor da propositura.
Na opinião de Zezinho Sobral, a Casa de Farinha representa a base de agricultura familiar.
Ela proporciona um produto que "é parte essencial da alimentação do nosso povo e responsável pelo sustento e a sobrevivência de muitas famílias em todas as regiões.
A farinha é um produto de subsistência, de cunho histórico-cultural e que alimenta crianças e muitas famílias.
O processo envolve pais, mães, avós e toda a família e é, essencialmente, um alimento para consumo e compartilhamento com a comunidade", comentou.
“Em Sergipe, as Casas de Farinha estão em diversos municípios como São Domingos, Lagarto, Simão Dias, Campo do Brito, Itabaiana, Itabaianinha, Japaratuba, Laranjeiras, Itaporanga d’Ajuda, Macambira, Poço Verde e muitos outros.
Defendo as famílias trabalhadoras. Temos compromisso com o homem do campo, com a cultura, a segurança alimentar, a agricultura familiar, as tradições e com a nossa identidade.
É gratificando ver que esse projeto, que virou Lei, gerando resultados”, complementou.