Aponta baixa produtividade, que impede atração de investimentos; Amazônia ganharia com outras ações em logística
Divulgação/Secretaria Geral
O Banco Mundial publicou na noite de 3ª feira (09/05/2023) o estudo “Equilíbrio delicado para Amazônia Legal brasileira”, com propostas para incrementar a economia da região e reduzir as pressões que levam ao desmatamento.
O estudo diz ser preciso aumentar a produtividade da região para reduzir a pressão por desmatamento.
A Zona Franca de Manaus, que mantém indústria na região por meio de incentivos fiscais, é citada como exemplo de ação pouco eficiente para impulsionar a economia da região.
“Os incentivos fiscais a atividades industriais na Amazônia Legal não ajudaram a estimular o crescimento da produtividade e devem ser reavaliados”, diz o sumário executivo do relatório.
O texto cita a Zona Franca de Manaus, com incentivos fiscais que equivalem a 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
“Apesar do alto custo fiscal, o Amazonas vem perdendo competitividade, e encontra cada vez mais dificuldade para atrair novas empresas.
O número de empregos na indústria também vem diminuindo, com um aumento concomitante da intensidade de capital”.
Ganho com transporte
Segundo o relatório do Banco Mundial, a redução dos custos de transporte aumentaria a produtividade da Amazônia.
Um dos caminhos que o estudo aponta é o aumento da concorrência na navegação que une a maioria das cidades.
Estima-se redução potencial de 12,5% nos custos de transporte. Isso aumentaria especificamente o PIB do Estado do Amazonas em 38%.
“É mais que o valor anual dos atuais incentivos fiscais para a zona Franca de Manaus”, diz o texto.
O estudo também lista regras distorcidas de crédito rural, impostos ineficientes e subsídios mal direcionados como fatores que incentivam uma economia improdutiva na região.