Os Estados Unidos anunciarão sua intenção de injetar recursos no Fundo Amazônia, segundo o texto do comunicado conjunto que era negociado entre os dois países na noite de quinta-feira (9).
O anúncio deve ser feito após a conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula das Silva (PT) e Joe Biden, que se reúnem no Salão Oval da Casa Branca nesta sexta-feira (10).
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O comunicado confirma a defesa do meio ambiente e os investimentos em energia sustentável como os principais eixos do relançamento das relações entre Brasil e EUA, após anos de esfriamento durante os governos Biden e Jair Bolsonaro (PL).
O texto ainda trará uma condenação do extremismo político, o apoio americano à expansão do Conselho de Segurança da ONU e falará da Guerra da Ucrânia sem uma condenação direta à Rússia.
O governo brasileiro não previa um comunicado conjunto de Lula e Biden até a antevéspera da visita.
A iniciativa de um comunicado conjunto teria partido de autoridades do governo americano, segundo diplomatas.
O Fundo Amazônia é a principal iniciativa de arrecadação de recursos para conservação e combate ao desmatamento na floresta, bancado pela Noruega e pela Alemanha, e, em menor parte, pela Petrobras, gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).
Desde a gestão Ricardo Salles no Meio Ambiente, durante o governo Bolsonaro, o Brasil pede recursos do governo americano para ajudar na preservação ambiental, mas as negociações não avançavam porque os EUA não viam sinais de comprometimento do ex-presidente nessa temática.
Com informações da Folha de SP