Cerca de 40 mil militares da ativa dos Estados Unidos (o equivalente a 3% do efetivo total) se recusaram a receber a vacina contra a covid-19.
As informações são do jornal Washington Post.
O prazo para os militares da ativa no Exército vence nesta quarta-feira (15).
No caso da Marinha e dos fuzileiros navais, o prazo era 28 de novembro, e na Força Aérea, 2 de novembro.
Os militares requisitaram uma isenção de longo prazo para não se imunizarem contra o vírus, alegando motivos médicos ou religiosos.
Soldados fazem continência durante cerimônia de mudança de comando no estado de Washington em junho (Spc. Dean Johnson / Exército dos EUA)
----------
Até o momento, segundo a reportagem do jornal, poucos pedidos de dispensas médicas permanentes foram aprovados, e nenhuma isenção religiosa.
A vacinação é uma exigência do governo norte-americano há quatro meses.
O Pentágono cogita duas hipóteses: à medida que pedidos de isenção forem negados (nas forças cujos prazos já venceram, muitos ainda estão sendo processados), mais militares deverão optar por se vacinar; e expulsar das Forças Armadas quem não cumprir a exigência de vacinação.
1ª Tenente Michelle Torres ensina médicos do Exército em Los Angeles sobre a variedade de seringas usadas para a vacinação contra o coronavírus (Pfc. Garrison Waites / Exército dos EUA)
----------
O Exército informou que os recusadores da vacina seriam submetidos a aconselhamento antes de enfrentar ações punitivas que ameaçariam suas carreiras.
Até o fim da semana passada, 96% dos militares da ativa receberam ao menos uma dose da vacina e 90% completaram a imunização, segundo o secretário de imprensa John Kirby.